Page 392 - e revista
P. 392
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
- POP 3
Código Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão n
o
ENF – 0XX/2019 Março/2019 Março/2023 Março/2022 001
ÁREA EMITENTE: Enfermagem
ASSUNTO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Introdução
A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro – SESDEC/RJ,
cumprindo seu papel de articulador e formulador de políticas estaduais prioritárias em
saúde, vem reestruturando seu modelo de atenção a partir do desenvolvimento de
ações transversais, que têm a humanização como eixo norteador. Considerando a
necessidade de assegurar a consolidação do Sistema Único de Saúde no Estado do
Rio de Janeiro, este modelo de atenção, indissociado da gestão, parte de princípios
como formação de redes solidárias, potencializando a gestão e os gestores e,
fortalecendo os vínculos, a autonomia e a singularidade. Em 2007, após avaliação
situacional das unidades da rede própria, a SESDEC identificou que as emergências
e SPA´s ofertavam uma atenção de baixa resolutividade, atendimento por ordem de
chegada sem critérios definidos de risco; desrespeito aos direitos dos usuários;
atendimento médico centrado; desarticulação entre serviços; recepções
administrativo – burocráticas; repasse de encaminhamentos pouco qualificados para
serviços especializados; insatisfação dos usuários. Assim, dentre as estratégias de
desenvolvimento de um modelo de atenção integral e qualificado, a SESDEC definiu
por adotar prioritariamente o dispositivo do Acolhimento com Classificação de Risco
dentre a sequência de passos necessários para promover o acesso da população a
rede de serviços do SUS.
A palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar,
dar ouvidos, dar crédito a agasalhar, receber, atender, admitir” (Novo Dicionário
Aurélio, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de
acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”, ou seja,
uma atitude de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém. O modelo de
atenção reproduzido nas unidades de urgência e emergência normalmente nos
remete a processos de trabalho fragmentados, que na maioria das vezes não
contemplam as necessidades de saúde da população. Afirmar o acolhimento em
nossas práticas cotidianas é o desafio. Para tal, é preciso repensar e criar novas
392

