Page 83 - Relatorio de segurança_Assembleia_-
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corresponde ao sistema prisional. Por derradeiro, fez considerações sobre os
altos índices de abigeato, tendo o ano passado sido o com o maior registro
de ocorrências.
A promotora de justiça Bianca Acioly de Araújo relatou a situação
observada no sistema prisional desde que um incêndio atingiu albergue no
ano de 2013. Hoje, segundo ela, havia 96 pessoas utilizando tornozeleiras
eletrônicas e 77 presos condenados aguardando em casa pelo equipamento.
Destacou o grande número de ocorrências de violência doméstica e a
necessidade de uma casa de passagem para acolher as mulheres vítimas.
Pleiteiam, para tal, um imóvel onde funcionava a antiga delegacia de polícia,
que teria sido devolvido ao Estado. Disse ainda que o município tinha
interesse em ser piloto do projeto “botão do pânico”. Disse, ainda, que a
cidade possuía Patrulha Maria da Penha, mas que esta, muitas vezes,
precisava atender a outras ocorrências, não conseguindo ser exclusiva para
essa atividade.
A defensora pública Débora Azambuja Santos defendeu o uso do
monitoramento eletrônico de presos e sugeriu parcerias com o Centro de
Atenção Psicossocial Álcool e Drogas dentro dos presídios, considerando que
grande parte da população carcerária apresenta problemas com drogas.
Rodrigo Toledo, representante da Ordem dos Advogados do Brasil,
disse que a entidade disponibiliza advogados voluntários e reforçou a
necessidade da construção de um novo estabelecimento prisional na cidade
de Vacaria.
Participaram da audiência pública regional no município de Vacaria,
além das autoridades já citadas, o Dep. Ronaldo Santini (PTB), presidente da
Comissão Especial, o Dep. Vilmar Zanchin (PMDB), relator da Comissão
Especial, e o Dep. Tiago Simon (PMDB), prefeitos da região, vereadores,
representantes de diversos sindicatos e associações de servidores
vinculados à Segurança Pública e a comunidade local.
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