Page 86 - Relatorio de segurança_Assembleia_-
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Apesar da redução, disse que a produtividade aumentou, graças
               ao comprometimento  dos agentes. Reivindicou verbas específicas,
               carimbadas, para a área da segurança e a conclusão da Casa da Polícia,
               obra iniciada há 25 anos, com dinheiro do CONSEPRO e da comunidade.
               Frisou que o prédio iniciado pelo CONSEPRO, que abrigaria cinco delegacias
               de forma ideal, está em vias de ser condenado se não for concluído em breve.
               Citou  que o valor  estimado para finalizar a obra  é 4 milhões de reais. A
               Comissão Especial reiterou apoio à reivindicação.

                        O promotor de justiça Marcelo Pires ressaltou que se enfrenta um
               problema  seriíssimo de gestão pública  na área da  segurança, não
               especificamente deste governo ou do anterior. Lembrou que o presídio de
               Passo Fundo é dos anos 1970 e que, desde lá, foram feitas poucas melhorias.
               Cita que existe verba, há mais de dez anos, para a construção de um novo
               presídio e terreno doado pelo município de Passo Fundo. Disse que  o
               Ministério Público, inclusive, ingressou com ação civil pública contra o Estado
               do Rio Grande do Sul, para que faça a obra.

                        Marcelo  Pires  também  referiu  o  problema  com  o  município  de
               Carazinho para a construção dessa penitenciária, que foi pensada para uma
               área  mais distante do centro urbano, mas  que desperta  questionamento
               devido ao impacto ambiental. Disse que essa questão está contornada, tanto
               que o Estado já tem as licenças necessárias. Falta, segundo ele, vontade
               política. Informou que o valor estimado para a obra é hoje, segundo cálculo
               atualizado, de aproximadamente 19 milhões de reais.
                        Coordenador do Instituto-Geral de Perícias na região,  o  perito
               criminal Ricardo Telló Dürks explicou a estrutura e o funcionamento do órgão.
               Disse que a coordenadoria de Passo Fundo atende a 151 municípios do norte
               do Estado, um terço dos municípios gaúchos. Em Passo Fundo, tem um posto
               de  identificação  que  em  média  executa  24  mil  emissões  de  carteiras  de
               identidade por ano e presta atendimento papiloscópico, dando suporte para
               55 municípios.

                        Na área de  medicina legal, realiza 400 necropsias por ano.
               Informou que, hoje, o posto de Passo Fundo conta com número reduzido de
               servidores, atendendo, em média, 1.500 casos por ano – geralmente, os de
               maior repercussão e violência. Observou que, destes, em torno de 50% se
               referem a exames realizados em ocorrências contra o patrimônio, incluindo o



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