Page 88 - Relatorio de segurança_Assembleia_-
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Representando a Ordem dos Advogados do Brasil, Luciano
Migliavacca afirmou que a situação da delegacia de Passo Fundo é
periclitante, assim como a do presídio. Reiterou que a entidade vem
acompanhando de perto a situação e buscando provocar as autoridades.
Irmã Imelda Maria Jacoby, da Pastoral Carcerária, frisou a
necessidade de políticas públicas e de atendimento aos dependentes
químicos. Informou que a Pastoral Carcerária tem trabalhado com parcerias.
Falou que, hoje, os presos estão vivendo como “animais”. Disse conhecer a
situação dos presídios e apontou a realidade de Passo Fundo como grave.
A promotora de justiça Clarissa Simões Machado disse que não
há como conceber investimento em segurança pública sem trabalhar
paralelamente na prevenção. Ratificou o que foi dito quanto à necessidade
de pessoal e estrutura para os órgãos de segurança de Passo Fundo. Citou
o projeto Guardião, que visa implementar videomonitoramento em toda a
região de Passo Fundo. Frisou, ainda, que o novo presídio de Passo Fundo
não saiu por falta de vontade política, pois bastava usar as verbas públicas já
existentes.
Ainda, Carlos Giugno, do Conselho Comunitário Pró-Segurança
Pública, criticou a omissão do Estado na segurança pública. Disse que o
CONSEPRO existe pela deficiência do governo em suprir as necessidades
da área.
Participaram dessa audiência pública, além das autoridades já
citadas, os Deputados Estaduais Ronaldo Santini (PTB), presidente da
Comissão Especial, Vilmar Zanchin (PMDB), relator da Comissão Especial,
Liziane Bayer (PSB) e Juliano Roso (PCdoB). Ainda, estavam presentes o
arcebispo emérito Dom Ercílio Simon, o prefeito de Marau, Iura Kurtz,
vereadores e representantes de diversos sindicatos e associações de
servidores vinculados à Segurança Pública e a comunidade local.
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