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parte dele. Ora, é isto exatamente: é uma parte dele, e poucos minutos antes, por mais extraordi-
            nário que vos pareça, era, em pequenos graus, uma parte de vós mesmos! Um pouco dessa força de
            atração, que êle desenvolve, e que vós reconheceis, foi de vós para êle, sem que vós perce-bêsseis.
            Mas não o podíeis imaginar ainda há pouco.

            Olhar peculiar. — Examinemos esse homem um pouco mais intimamente para ver se é possível
            apanhar o segredo da fascinação que ele exerceu sobre vós. Primeiramente observai o seu olhar. Os
            seus olhos dirigem-se para vós, mas não vos fixa, não vos fita nos olhos; êle olha diretamente para
            os dois olhos, para a raiz do vosso nariz. É um olhar aplicado e penetrante, sem ser ofensivo. Vós
            sentis que esse olhar não é, não pode ser, impertinente. Observai também que êle não vos olha
            dessa maneira, quando vós lhe estais falando; então êle espera como que para receber a vossa
            mensagem, e depois manda-vos a dele. Quando fala, olha para vós com aquele modo aplicado e
            dominador, mas amável. Êle não é homem de asserções pessoais; não é homem de argumentos.

            Sempre polido. —■ Escuta-vos com polidez; é sempre polido, mas vós tendes a impressão de que,
            por detrás daquele sossego exterior, existe uma vontade inflexível; vós sentis nele o poder. É um
            homem para ser obedecido; numa palavra, a impressão que êle vos deixa é a de uma pessoa que
            sabe perfeitamente aquilo de que precisa e que não tem pressa, porque tem a convicção de o
            alcançar. Isto é bem verdadeiro e explica o seu sossego, a sua segurança. Saber é poder, e êle sabe
            que fundamenta a sua situação nas leis de causa e efeito.

            Os fracos tornam-se mais fracos, e os fortes tornam-se mais fortes. — Há uma Lei pela qual o
            Positivo pode atuar sobre o Negativo. É por ,fôrça dessa lei que aquele que é inconsciente de seu
            poder magnético e, por isso, é o fraco, entrega algo do seu magnetismo natural àquele que é o forte,
            porque é consciente do seu poder.

            "Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância, mas ao que não tiver, até o que tem
            lhe será tirado"
            S. Mateus, XXV — 29

            O homem magnético conserva o conhecimento, sem precipitação. — Analisemos agora a sua
            conversação. Fornece-vos êle algumas informações? Muito pouco, e coisa alguma que se possa
            interpretar como afirmativa de opiniões próprias; o que êle diz, ordinariamente, não tem grande
            importância, posto que vos pareça que tenha enquanto êle está falando.

            Não é vivaz. — Êle não é vivaz. No entanto, age de maneira que vos leva a imaginar que tem em si
            muita vida e a usaria, se assim o desejasse.

            Por isso, êle excita um tanto vossa curiosidade. Mas êle não vos impressiona como se
            propositalmente pretendesse mis-tificar-vos. De modo nenhum. O seu olhar é bem franco e, por isso,
            não podeis julgar tal coisa, e se vós conviverdes longamente com êle, haveis de observar que nunca
            vos arma ciladas na conversa para vos provocar admiração. De fato, o seu plano de pensamento está
            acima da admiração. Nos seus primeiros tempos, quando êle aprendia, como aprendeis agora, o
            modo de adquirir o magnetismo pessoal, talvez apreciasse ver provocado o seu poder pela franca
            admiração que os seus conhecidos lhe manifestassem; mas tornou-se superior a isso. Sim, tornou-se
            superior a isso. Homem nenhum permanece estacio-nário; há sempre alturas mais além que
            procuramos alcançar; nunca atingimos o vértice.

            Trabalha segundo leis fixas. — Quando este homem alcançou popularidade, influência,' ikjueza ou
            êxito, aceitou-os, tomou-os como sendo o seu direito, como uma seqüência lógica da Lei de Causa e
            Efeito, e seguiu avante. Não ficou parado. Conseguiu a riqueza para si, exatamente pela mesma
            forma como conseguiu a popularidade: governando. Carecia de riqueza; atraiu a riqueza, porque
            precisava dela.
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