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A força acumulada atrai sempre; a força abandonada gasta-se e neutraliza-se.

            vos enfraqueceria. Ao mesmo tempo criais uma condição de atração, que permanecerá tanto tempo
            quanto durar esse desejo. A satisfação do desejo viria neutralizar a força inerente a ele.

            Tomemos primeiramente uma forma de corrente de vaidade, muito vulgar, mas que enfraquece
            muitíssimo — o desejo de surpreender.

            O segredo consiste no vosso isolamento. — Primeiramente, compreendei o valor do segredo. Quanto
            tiverdes obtido uma informação qualquer, por mais trivial que seja, que vos seria agradável
            comunicar a um conhecido, conservai-vos calado, porque desta maneira fareis a primeira tentativa
            para praticar a evolução de magnetismo resultante do desejo reprimido. Este segredo que assim
            guardais é uma unidade do magnetismo mental, armazenada na bateria do vosso cérebro, e esse
            segredo guardado gera uma força que lhe obtém mais força de fora, exatamente como o vosso
            dinheiro num banco vence juros. Quanto mais segredos armazenardes no vosso espírito, mais reserva
            ou isolamento estais exercendo; e, assim, maior será o vosso predomínio sobre os vossos impulsos,
            maior será a quantidade de fôrça-reserva não dissipada, não gasta, que estará pronta a entrar ao
            vosso serviço em importantes empresas.

            A reserva não significa imbecilidade. — Mas nem por um momento imagineis que esse hábito de
            reprimir o impulso virá produzir uma condição de imbecilidade em que o desejo pode ser obliterado.
            O efeito é inverso; os desejos tornam-se de vigor e força decuplicados, como um rio atravessado por
            uma comporta aumenta a sua pressão sobre as margens — e, então, quando estiverdes pronto a
            usar do poder, ele realizará alguma coisa. Tornou-se, na verdade, uma Força.

            Prova do vigor no desejo-fórça. — Talvez nunca tivésseis analisado a força de um desejo. Pensai um
            minuto. O desejo de levar uma certa notícia a um amigo pode forçar-vos a tomar um veículo e ir a
            toda a pressa à procura dele. Deve, pois, haver em operação uma força vigorosa que vos impele para
            essa atividade. Pois bem, o caso é que careceis dessa força para vós mesmos. Guardai-a. Careceis
            dela, se tendes de atrair para vós mesmos a satisfação do êxito que solicitais.

            Mistério. — O ponto a considerar em seguida é que o mundo respeita aqueles que não entende.       O
            rio profundo é silencioso. Quem penetrará as profundezas do pensamento do homem magnético? Êle
            é um mistério; vós não podeis medi-lo, porque êle não o consente. É insondável. Pois também vós
            deveis ser um mistério: não deveis ser vulgar nem pôr-vos em evidência por qualquer modo. Ser de
            qualquer modo notado é fatal ao verdadeiro poder. Não é a excentricidade do gênio que nos atrai.
            Nós respeitamos o gênio, não obstante a excentricidade. Tende muito cuidado, meu caro discípulo,
            em não confundir o interesse da curiosidade vã, que gosta de se divertir, com o verdadeiro respeito,
            que nós sentimos por aquilo que excede a nossa compreensão. Por conseguinte, deixai as pessoas
            vossas conhecidas no desconhecimento a respeito das vossas qualidades e opiniões, tanto quanto fôr
            possível. Excitai-lhes o interesse deste modo, por exemplo: — O vosso amigo vem tra-zer-vos uma
            notícia importante. Em outros tempos, manifes-taríeis a maior surpresa. Haveis de modificar isso.
            Recebereis a notícia atenciosamente, mas com calma, quase sem comentários. O efeito sobre vosso
            amigo será o espanto de que uma coisa que a êle impressionou tanto, em vós cause tão pequena
            impressão. Deveis mostrar-lhe, no entanto, que não há falta de interesse vosso pelo assunto; mas
            êle, pelo modo que rece-bestes a notícia, ficará entendendo que vós sois muito menos suscetível de
            se abalar no vosso equilíbrio mental do que êle. Talvez não o tivésseis até então observado. E que
            resulta daí? Resulta que êle conhece em vós uma ponderação de caráter que ainda não vos tinha
            atribuído, e isso o torna curioso. Oh! co-meçais a obter o respeito dele; sois um mistério para êle.

            Uso efetivo do mistério pelos grandes homens. — Os grandes condutores de homens na História, em
            contingências difíceis e em perigo de perder os seus auxiliares, muitas vezes mantiveram unidos os
            seus subordinados e obtiveram uma ação de conjunto e um apoio leal, pelo encanto do mistério
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