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força poderosa, à qual demos permissão de atuar contra nós. Quando a maioria dos homens
            encontra probabilidade de dizer alguma coisa que redunde em seu crédito, não são eles quase
            irresisttvelmente impelidos a dizê-la? Não procuram eles impacientemente a primeira oportunidade
            para a dizerem? Em cem indivíduos, noventa e nove são assim. Eles não imaginam que esse desejo
            de elogios é uma das mais poderosas forças artificiais da natureza, e que esse desejo os impele,
            muitas vezes, contra a sua vontade e sempre contra o seu pensamento ponderado, contra o seu bom
            senso e o seu bom gosto. E, mais que tudo, eles não imaginam que essa força artificiosa, má,
            irresistível, é uma corrente mental que poderia ser empregada com imenso proveito para eles, em
            vez de consentirem que ela se "descarregue" por um jato repentino, como a centelha elétrica que sai
            da máquina estática, deixando-os muito mais fracos do que antes.
















                                                    o CHARCO da VAIDADE

            A força do desejo de notoriedade impele os homens, contra seu juízo, a procurar as traiçoeiras
            sendas da lisonja.

            Cautela com este esgotamento. — Portanto, vós, meus alunos, tomai bem cuidado nisto. Reprimi, em
            todas as ocasiões, o vosso desejo de aplausos.

            Não deis satisfação a esse desejo, nem nas coisas mais triviais. Se vos custa procederdes assim, isso
            apenas prova que estais guardando convosco uma força poderosa. Uma força que se agita e que luta
            para se unir com a sua oponente de alguma outra mentalidade.

            Quanto essa condição se realiza, existe um estado de atração.

            Não tardareis a observar grande mudança, — Quando co-meçardes a pôr em prática as idéias aqui
            expostas, não tardareis em observar em vós uma notável mudança. Um respeito de vós mesmos que
            vai aumentando, uma dignidade natural, um sentimento de poder.

            Em seguida a cada repressão consciente do desejo-fôrça, realmente sentireis o poder nos vossos próprios
            nervos. Seguidamente observareis uma diferença na atitude dos outros para convosco. Um desejo maior, da
            parte deles, de vos procurar, de falar convosco, de vos ver. Vós podeis sempre manter e aumentar esta
            condição, recordando-vos da regra da "curiosidade não satisfeita". Conservai os vossos amigos admirados, mas
            eles não saibam que vós procedeis assim intencionalmente.

            LIÇÃO VI

            Do emprego das forças antagônicas em nosso proveito próprio — Reconhecimento da força útil —
            Um magnífico exercício para absorver energia — Domina-se a tentação.
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