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Vós gostais dele. — Mas estamos caminhando muito depressa, além do ponto de nossa lição. Que
impressão vos deixou este homem magnético? Justamente esta: — desejais ver mais alguma coisa a
respeito dele, porque sentis que êle está em acordo simpático convosco, por algum modo misterioso
que vós não podeis definir. Estais fascinado por êle, e não ficareis livre da sua influência mesmo
depois de vos terdes afastado.
Êle emprega a vossa força. — E agora, recordando a conversação que tivestes, haveis de descobrir,
posto que na ocasião não reparásseis em tal, que fôstes vós que dissestes o que sabíeis; fôstes vós
que procurastes agradar; fôstes vós que destes. Sim, é isto exatamente: vós destes; êle recebeu.
Se êle, que possui a força do conhecimento consciente, tivesse desejado que as coisas se passassem
de modo diverso, vós, na vossa fraqueza c ingenuidade, certamente serieis compelido a receber tudo
o que êle resolvesse dar-vos — impulso, determinação, opinião. Se êle desejasse fazê-lo, poderia ter-
vos influenciado, como o vento produz as ondas na lagoa. Por que? Porque é a hei, êle conhece a Lei
e vós não a conheceis. Mas êle não desejou isso naquela ocasião; quis apenas produzir boa
impressão em vós; fê-lo, porque conhecia o seu poder, e tomando de vós um pouco de magnetismo,
foi-se embora, como a abelha segue o seu caminho, após haver tirado o mel da flor.
LIÇÃO III
Característicos do indivíduo não-magnético —"É um rabugento — Êle deprime — Razão disso — É
propenso a errar.
Característicos do indivíduo não-magnético. — Conheceis o homem não-magnético? Eis uma boa
ocasião para descrevê-lo em contraste com a personalidade forte da qual até agora falamos. Êle
irrita-vos; se estais aborrecido, êle aumenta a vossa irritação; se tendes uma disposição mórbida, êle
torna mais profunda a vossa tristeza, se estais contente, êle atua como um trovão. Êle é um peso
que vós sois solicitados a erguer. Êle pede a vossa simpatia; diz que é um incompreendido; queixa-se
do destino, queixa-se do tempo, queixa-se de alguma pessoa.
É um rabugento. — Está sempre descontente; é falador; diz os segredos; tem necessidade de
partilhar os seus desgostos convosco; é uma criatura impulsiva, sem tranqüilidade, sem bom senso,
sem ponderação, sem condições de atrair. Oh! li-sonjeia-o e deixa-o ir. Livrai-vos dele. Vós, muito
facilmente, o podereis conquistar pelo seu amor próprio; fartá-lo e desembaraçar-vos dele — tal é o
vosso pensamento; ponde logo essa idéia em prática e afugentai-o do vosso espírito.
Êle deprime. — Ficais satisfeito quando êle se vai embora. Êle retirou algo de vós de maneira terrível
porque vós não sabeis como livrar-vos da sua influência. Se o soubésseis, não só teríeis poupado
uma perda de magnetismo, como poderíeis mesmo ter retirado alguma coisa da sua fraqueza, se o
desej asseis.
Razão disso. — Qual é, pois, a razão dessa falta de atração ? É simples como o A.B.C. Êle é um
dependente. Um negativo; êle não tem senão lamentos e mais lamentos! Porventura pode-reis
imaginar o homem magnético, de que há pouco vos falei, como um homem cheio de lamentações?
Podereis concebê-lo assim? Não; seria um absurdo. O vosso homem magnético é um poder, porque
subjugou as circunstâncias, porque manteve uma atitude de espírito que governa as circunstâncias,
que domina as coisas que o rodeiam.
É propenso a errar. — Olhai, agora, o outro lado do retrato. Aqui tendes o vosso homem não-
magnético que é um insucesso, por sua confissão própria, ainda que êle talvez não o saiba; fraco,
queixoso, provocando o insucesso pela atitude do seu espírito; dissipador do pensamento, gastador
de energia; um tal caráter está pela Lei destinado a falir. Aqui estão os vossos dois tipos. Estudai-os
bem e cuidadosamente. O primeiro é o vosso modelo; o segundo, a vossa advertência.