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de esbugalhar os olhos ou franzir a testa. Não tardareis a observar que êle muda, com inquietação, a
            direção do seu olhar. Fazei com que êle olhe para vós; fazei com que êle conserve os seus olhos fitos
            nos vossos, enquanto estais falando. Mas quando êle falar, desviai a vista; olhai para o seu colete,
            para os seus sapatos, para qualquer outra coisa que não os olhos. Escutai respeitosamente e, no
            instante em que começais a falar outra vez, procurai o pequeno sinal entre os olhos. Não façais
            qualquer dessas coisas ostensivamente. Não lhe desperteis a idéia de que estais fazendo experiência
            sobre êle. O sossego é a vossa chave.

            Esse homem há de lembrar-se de vós. Qualquer que seja o resultado da vossa entrevista, podeis
            estar certo de que êle se há de lembrar de vós; de que vós procedestes pelo melhor modo que se
            podia proceder; de que vós produzistes nele uma impressão maior do que êle possa admitir consigo
            mesmo.

            Como se obtém a tranqüilidade e a confiança em si. — Um exercício que vos dará grande facilidade
            de maneiras, porte agradável e confiança em vós mesmo é o de praticar sozinho com uma pessoa
            imaginária. Deveis estar absolutamente só, em um sítio onde ninguém possa ver-vos nem ouvir-vos.
            O campo seria o lugar ideal; contudo, fechado com toda segurança no vosso gabinete, estareis livre
            de ser observado.

            Em primeiro lugar, empregai cinco minutos em tomar as respirações extensas e profundas —
            aspirando o ar com toda a capacidade dos pulmões e expirando-o lenta e compassadamente. Depois,
            erguei-vos vivamente e dirigi-vos a uma pessoa imaginária do vosso conhecimento.

            Podeis empregar um espelho para considerar a vossa própria imagem, ou confiar exclusivamente à
            vossa imaginação o ver uma figura humana. É claro que podeis dizer tudo o que quiserdes, por mais
            extraordinário que seja, mas deveis pensar cada frase antes     yàt pronunciá-la. Dirigi-vos, pois, à
            imagem em tom forte, pleno, confiado. Arredondai cada sílaba e carregai nela. Fazei que as vossas
            palavras ressoem — saindo do peito.     Apontai com o dedo,    passeai de   um para outro      lado,
            empregai gestos que impressionem, dizei e fazei tudo o que desejaríeis dizer e fazer, como se
            realmente estivesse presente a pessoa a quem vos dirigis.

            Este exercício é magnífico. Desenvolverá a confiança própria em todos os que o realizarem, e os seus
            resultados serão observados por muitos modos indiretos, que eu não menciono aqui por falta de
            espaço, mas que vós imediatamente reco-nhecereis.
















                                  Uma conversa interessante e proveitosa com um "espírito vivo".

            Meia hora deste exercício, toda vez que vos sentirdes abatido, ou que preciseis estimular a confiança
            em vós mesmos, produzirá resultados magníficos. E também, muitas vezes, o aluno obtém resultados
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