Page 156 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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com  alguma  empresa  que  você  conheça,  não  será  mera
                coincidência:


                                  CULTURAS FRÁGEIS, LIDERANÇAS IDEM


                   1.            Casa da Mãe Joana Ltda. Este tipo de empresa sofre
                            com a ausência de lideranças sólidas e de visão unificada,

                            oferecendo  assim  um  campo  fértil  para  que  se  dê  um
                            jeitinho pra tudo, no pior clima da bagunça. Como a cultura
                            é extremamente frágil, os líderes conduzem seus times a
                            partir de seus próprios valores e ambições. Nesse formato,
                            temos na mesma empresa várias empresas diferentes, pois
                            cada líder geralmente conduz suas decisões para a direção
                            que  julga  ser  a  melhor,  nem  sempre  alinhada  com  as

                            decisões dos demais líderes. Na base do improviso, tudo
                            funciona  aparentemente  bem  enquanto  estiver  entrando
                            dinheiro  e  o  sistema  puder  ser  mantido  como  está.  Mas
                            quando o cinto aperta, o gato sobe no telhado e a casa (da
                            Mãe Joana) cai: há uma debandada e, o último que ficar,
                            que apague a luz...





                   2.            Dono  ME.  Muito  comum  no  Brasil,  empresa  onde  o
                            dono (ou dona) é o seu grande líder. Geralmente é alguém

                            que  veio  “lá  de  baixo”  e  venceu.  Em  sua  trajetória  de
                            sucesso, por ser “gente como a gente” ele é inspirador e as
                            pessoas  tendem  a  ficar  anos  trabalhando  ali  por  ele,  em
                            clima  de  profundo  respeito  e  gratidão.  A  cultura  é
                            paternalista  e  o  mérito  tem  menos  força  do  que  a
                            confiança: nem sempre o mais apto é promovido ou ocupa
                            cargos  de  responsabilidade,  mas  preferencialmente

                            aqueles em quem o líder confia e gosta mais. A tendência
                            é a de se manter a centralização das decisões no dono, o
                            que torna a empresa lenta e burocrática. E como há pouco
                            esforço no sentido de formar as lideranças já que o dono
                            resolve tudo, estas acabam sendo meramente figurativas e
                            se tornam omissas na condução dos seus departamentos.
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