Page 157 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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Enquanto a empresa é pequena, esse padrão de liderança
funciona relativamente bem, sob controle. Mas se a
empresa cresce e o líder permanece estagnado,
dinossaurando dentro do seu modus operandi tradicional, o
criador pode levar sua criatura à extinção. Historicamente,
a Disney foi uma empresa do tipo Dono ME, mas soube se
reinventar e evoluir ao longo dos anos para chegar aonde
está.
3. Feudalismo S/A. Empresas atualizadas quanto aos
seus métodos de gestão, porém possuem uma brecha
cultural, que enfatiza muito mais os resultados gerados por
suas lideranças do que os comportamentos que estas
utilizaram para obtê-los, oferecendo assim campo vasto
para a existência de líderes com a Síndrome do Pequeno
Poder [65] , profusão de assédio moral e inversão de valores.
São Diretores ou Gerentes figurando como pequenos
senhores feudais que prestam contas ao seu Rei
(CEO/Acionistas/Conselho de Administração) e cada
caixinha departamental acaba se tornando o mini feudo de
um líder, que está em guerra incessante com outros
feudinhos (departamentos ou diretorias) por mais poder e
evidência. Em cada departamento, costuma se dar bem
quem é “amigão” do senhor feudal e o ajuda a prosperar
nas suas ambições de poder junto ao Rei. Os puxa-sacos,
bobos da corte e demais figuras que podemos importar de
uma estrutura monárquica da idade média, têm neste tipo
de cultura empresarial uma representação similar.
Colaboração entre áreas são quase inexistentes e só
ocorrem por ordem superior, quando o Rei intervém, ou por
interesses particulares compartilhados entre alguns
senhores feudais. Sem confiança e perdendo as
oportunidades geradas pelas benesses do trabalho em
equipe, a empresa se torna enfraquecida de dentro pra fora