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Embaixo da janela de login do laptop, um ícone de carregamento girava:

                 UM INSTANTE...
                 DECODIFICANDO ARQUIVO...

                 Bellamy tornou a fitar Sato, que tinha os olhos cravados nele.
                 — Eu não queria lhe mostrar isso — disse ela. — Mas o senhor não me deixou outra alternativa.
                 O monitor tornou a piscar e Bellamy baixou os olhos enquanto o arquivo se abria, seu conteúdo
          preenchendo a tela de cristal líquido.
                 Bellamy ficou um bom tempo observando o monitor, tentando discernir o que estava vendo. Ao
          compreender do que se tratava, sentiu o sangue se esvair de seu rosto. Horrorizado, não conseguia
          desviar os olhos da tela.
                 — Mas isso... não pode ser! — exclamou. — Como... como é possível?
                 O rosto de Sato estava carregado.
                 — É o senhor quem vai me dizer, Sr. Bellamy. É o senhor quem vai me dizer.
                 Quando o Arquiteto do Capitólio começou a entender as implicações do que estava vendo, todo
          o seu mundo pareceu oscilar precariamente à beira de um desastre.
                 Meu Deus... eu cometi um erro terrível, terrível!




          CAPÍTULO 84


                 O decano Galloway se sentia cheio de vida.
                 Como  todos  os  seres  vivos,  sabia  que  estava  chegando  a  hora  de  se  desprender  de  seu
          invólucro mortal, mas ainda não seria naquela noite. Seu coração batia com força e depressa... e sua
          mente estava alerta. Há trabalho afazer.
                 Enquanto corria as mãos artríticas pela superfície da pirâmide, ele mal conseguia acreditar no
          que sentia. Jamais imaginei que viveria para testemunhar este momento. Durante gerações, as peças
          do symbolon haviam sido mantidas a uma distância segura uma da outra. Agora estavam finalmente
          unidas. Galloway se Perguntava se aquele seria o momento profetizado.
                 Estranhamente, o destino havia escolhido dois não maçons para unir a pirâmide.
                     De certa forma, isso parecia adequado. Os Mistérios estão se afastando dos círculos internos...
          saindo da escuridão... em direção à luz.
                 — Professor — disse ele, virando a cabeça na direção de onde vinha a respiração de Langdon
          —, Peter lhe disse por que queria que o senhor cuidasse do pequeno embrulho?
                 Ele disse que pessoas poderosas estavam querendo roubá-lo dele — respondeu Langdon.
                 O decano assentiu.
                 — Ele me falou a mesma coisa.
                 — Foi mesmo? — perguntou Katherine. — O senhor e o meu irmão conversaram sobre esta
          pirâmide?
                 — É claro que sim — disse Galloway. — Seu irmão e eu conversamos sobre muitas coisas. Eu
          já fui o Venerável  Mestre da Casa do Templo, e Peter às vezes vinha  me pedir conselhos. Mais ou
          menos um ano atrás, ele me procurou. Estava muito abalado. Sentou-se exatamente onde os senhores
          estão agora e me perguntou se eu acreditava em premonições sobrenaturais.
                 — Premonições? — Katherine parecia preocupada. — O senhor quer dizer... visões?
                 — Não exatamente. Era mais visceral do que isso. Peter disse que estava sentindo a presença
          cada vez mais forte de uma força obscura em sua vida. Sentia que algo o observava.., esperando... e
          planejando lhe fazer muito mal.
                 — Evidentemente ele tinha razão — disse Katherine —, considerando que o mesmo homem que
          matou nossa mãe e o filho de Peter veio para Washington e se tornou um de seus irmãos maçons.
                 — É verdade — disse Langdon —, mas isso não explica o envolvimento da CIA.
                 Galloway não tinha tanta certeza.
                 — Os homens no poder estão sempre interessados em ficar mais poderosos.
                 —  Mas...  a  CIA?  —  retrucou  Langdon.  —  Envolvida  com  segredos  místicos?  Alguma  coisa
          nessa história não faz sentido.
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