Page 130 - A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina
P. 130
A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina, por Luciano Du Valle
A ascensão de Kalamun
Deus-Pai: - O querido filho vem buscar o que pertence a ti?
- Kalamun respondeu: Eu guardo em meu coração a porta
para o oculto. Curvo-me diante de Tua presença e vos peço
humildemente que me atenhas no corpo e na alma.
Deus-Pai: - A grandeza do saber vos pertence, pois tu
possuis o coração da Alma Celeste, requerida por todos os
Guardiões dos Tempos Sagrados. Queira-te e tu te merecerás na
guarda do teu Amo e Senhor.
Kalamun rejuvenesceu 30 anos, pois a sua idade chegara
já aos 90 anos. Depois do dito, o requerido semblante da fé
contribuiu para que todos ensejassem o amor em seus corações
e almejassem atingir o número máximo de ações comunitárias,
com renúncias aos prazeres da carne. A guarda maior que um ser
pode ter é não ter guarda de tesouros, de subelementos que não
nos permite insuflar na alma o que a mantém liberta, liberdade
sem condicionamento e remuneração por títulos de servidão.
A comunicação com os Orixás da linha do Caboclo Guaiamin
enseja em maior parte, o Tabernáculo dos deuses.
Exú, o guardião do Tempo
O Exú do Congá de Obaluaiê, dentro dessa Ordem, cha-
ma-se Exú das Trancas, esse, merece ser chamado para reaver o
elo perdido dos Conselheiros da Ordem Maior, são os guardiões
do Tempo de Kalamun. Na Ordem Maior, Exú vai na frente para
conter os ignorantes e reagir contra a má vontade dos usurpa-
dores da lei do congá. Já no jogo de Om-Rá, a lei determina que
Exú guarde os tesouros do Tabernáculo dos deuses. Como re-
130