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A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina, por Luciano Du Valle
Os Odus
Cada Odu e cada Omo-odu, estão interligados com as
fontes criadoras dos universos paralelos, cada constelação vibra
na frequência sonora dos tabus e das fontes enriquecedoras dos
cânticos, daí provem as necessidades de cântarolarem, saudan-
do cada guarda dos tesouros de Órun. Axexé... Olodumare...
Axexé.
O Odu de Okaran estabelece limites na ignorância, ta-
manhas são as enriquecedoras fontes apresentadas por ele.
Ota-Ofun: - Guarda os tesouros do Universo Paralelo dos
deuses.
Obeogundá: - Guarda os mistérios ocultos dos tempos.
Trabalha sempre conquistando os maiores sortilégios. Cada
Orixá possui um semblante fértil.
Egiokô: - Um grande mal apresenta. Desde que sejam
combinados com Oxumarê e Nanã Burukun, serão indetermi-
nados os jogos. Reflete-se sobre a jogada e devolve-se o jogo
para não contrair males físicos e espirituais. Cada Odu em sua
jogada ensina e mostra como devemos seguir os caminhos apon-
tados.
Baba-Odu, o Conselheiro, te informa que há pequenos
contra-tempos no teu encalço, mas há provações e questiona-
mentos ainda para ti. Nosso Conselheiro Supremo te restringe
para que comungues a fé. A Sabedoria exige provação, no que
concerne a tua força primordial dos tempos vindouros e a causa
prematura está num conceito supra-humano. A Alma repleta de
cores e luz refletirá na ignorância dos incrédulos o título de “A
ave de rapina”. Cada sombra a sua luz e cada luz a sua glória.
Axexé Ilê Axé...
* “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu
cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com jus-
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