Page 160 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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Nossa Atitude                                           153

           perante a vontade do  “Senhor do céu e da terra”.
                   Qual deve ser a nossa atitude diante da soberania de
           Deus? Respondemos,  finalmente:



           5.  Uma Atitude de Adoração e Culto

                  Tem-se dito, com grande exatidão, que “a verdadeira
           adoração se fundamenta no reconhecimento da  grandeza  de
           Deus, e essa grandeza se vê de maneira suprema na soberania
           divina,  e  os  homens  não  podem,  realmente,  prestar  culto
           postados  em  qualquer  outro  escabelo”  (J.B.Moody).  Na
           presença do Rei divino, assentado em seu trono, até os próprios
           serafins cobrem o rosto.
                  A  soberania  divina  não  é  a  soberania  de  qualquer
           déspota tirano, mas é a manifestação do beneplácito dAquele
           que é infinitamente sábio e bom! Por ser infinitamente sábio,
           Deus não pode errar, e, por ser infinitamente justo,  Ele não
           fará  qualquer  injustiça.  Aqui,  pois,  se acha  a preciosidade
           dessa  verdade.  O  fato  em  si  de  que  a  vontade  de  Deus  é
           irresistível  e irreversível enche-me de temor;  mas,  tão logo
           reconheço  que  Deus  só  determina  aquilo  que  é  bom,  meu
           coração se regozija.
                  Aqui, pois, está a resposta final à pergunta do presente
           capítulo — qual deve ser a nossa atitude diante da soberania
           de Deus? A atitude mais apropriada que devemos assumir é a
           de  piedoso  temor,  de  obediência  implícita,  de  inteira
           resignação  e  submissão  sem  reservas.  E  não  somente  isso,
           pois o reconhecimento da soberania de Deus e a compreensão
           de que o próprio  soberano  é meu  Pai devem dominar-me o
           coração e levar-me a que me curve perante Ele, em adoração.
           A cada momento devo dizer:  “Sim,  ó Pai,  porque assim foi
           do  teu  agrado”.  Concluímos  com  um  exemplo  que  ilustra
           perfeitamente bem o que queremos dizer.
                  Há cerca de duzentos anos, a piedosa Madame Guyon,
           depois de passar dez anos em uma masmorra, bem abaixo da
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