Page 158 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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Nossa Atitude                                           151


            espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e
            também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (Jo
             10.17,18).
                    E que diremos da total resignação do Filho à vontade
            do Pai,  senão  que havia entre Eles um acordo  total e  ím­
            par? Cristo disse:  “Porque eu desci do céu, não para fazer
            a minha própria vontade, e, sim, a vontade daquele que me
            enviou”  (Jo 6.38).  Todos aqueles que Lhe acompanharam
            os passos, conforme o registro das Escrituras,  sabem quão
            perfeitamente Ele consubstanciou essa afirmativa. Ei-lo no
            Getsêmani!  O  “cálice” amargo, na mão do Pai, é apresen­
            tado  à  sua  vista.  Note bem  a  atitude  de  Cristo.  Aprenda
            d Aquele  que era manso e humilde de coração.  Lembre-se
            que ali,  no jardim, vemos o Verbo que se fez carne — um
            homem perfeito.  Cada  nervo  do  seu  corpo  tremia  ante  a
            expectativa dos sofrimentos físicos que O aguardavam; sua
            natureza santa e sensível se retraiu ante as horrendas ofensas
            que  seriam lançadas contra Ele;  seu coração como  que  se
            partiu diante da terrível  “ignomínia”  que viria em breve;
            seu espírito se conturbou ao prever o terrível conflito contra
            os poderes das trevas. E, acima de tudo, sua alma se encheu
            de  horror  ante  o  pensamento  de  que  seria  separado  do
            próprio  Pai.  Assim,  naquele  local,  Ele  rendeu  sua  alma
            diante  do  Pai,  e,  com  forte  clamor  e lágrimas,  derramou
            grandes gotas de sangue.  Observe agora e escute.  Silencie
            as batidas de seu coração a fim de ouvir melhor as palavras
            que saem daqueles benditos lábios:  “Pai,  se queres,  passa
            de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade,
            e,  sim,  a tua”  (Lc 22.42).  Eis aqui a submissão personifi­
            cada.  Eis  a  resignação  ao  beneplácito  do  Deus  soberano
            exemplificada  de  maneira  suprema.  Jesus  nos  deixou
            exemplo,  a fim de que sigamos os  seus passos.  Ele,  que é
            Deus,  Se fez homem e foi tentado em todas as coisas,  tal
            como nós  —  excetuando-se o pecado  — para nos  mostrar
            como devemos viver com a nossa natureza de criaturas!
                   Perguntamos anteriormente: Que diremos da absoluta
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