Page 154 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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Nossa Atitude                                          147


           Inglaterra, no começo deste século. Morrera a rainha Vitória
           e a coroação de seu filho mais velho, Eduardo, fora marcada
           para abril de 1902. Em todas as proclamações foram omitidas
           duas pequenas letras,  D.V., Deo  Vofcnte — se Deus quiser.
           Os  planos  foram  traçados  e  se  completaram  todos  os
           preparativos para as imponentes celebíações, condizentes com
           tão grandiosa ocasião. Reis e imperadores de todas as partes
           do  mundo  tinham  recebido  convite para  participarem  da
           cerimônia real. As proclamações do píncipe foram impressas
           e publicadas,  mas,  até onde este esclitor está informado,  as
           letras D.V.  não  figuraram em nenhuma dessas publicações.
           Um programa  deveras  imponente  fora  elaborado,  e  o  filho
          mais velho da falecida rainha estava para ser coroado como
          Eduardo  VII,  na Abadia de Westminster,  em  certa hora do
          dia marcado.  Foi então que Deus interveio,  e os planos dos
          homens foram todos frustrados.  Uma voz serena e tranqüila
          se  fez  ouvir,  dizendo:  “Vocês  fião  Me  levaram  em
          consideração! ” O príncipe Eduardo foi atacado de apendicite,
          e a coroação teve de ser adiada por vários meses!
                  Como dissemos anteriormente, o verdadeiro reconhe­
          cimento da soberania de Deus  leva-nos a submeter todos os
          nossos planos à vontade divina;  leva-nos a reconhecer que o
          divino Oleiro tem absoluto poder sobre o barro, moldando-o
          segundo  seu  real  prazer.  Também  leva-nos  a  dar  atenção
          àquela  admoestação  que  em  nossos  dias,  infelizmente,  tem
          sido desrespeitada:  “Atendei agora, vós que dizeis:  Hoje ou
          amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e
          negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá
          amanhã.  Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que
          aparece por instante e logo se dissipa- Em vez disso, devíeis
          dizer:  Se o Senhor quiser,  não só viveremos, como faremos
          isto ou aquilo” (Tg 4.13-15). Sim, é à vontade do Senhor que
          nos devemos curvar. Ele é quem pode dizer onde eu habitarei
          —  seja neste ou naquele lugar (At  17-26).  Ele é quem pode
          determinar sob quais circunstâncias eu viverei — se na riqueza
          ou na pobreza,  se com saúde ou com um corpo enfermo. Ele
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