Page 150 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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Nossa Atitude                                          143

                   Qual deve ser nossa atitude diante da soberania divina?
            Uma vez mais respondemos:



            2.  Uma Atitude de Obediência Implícita

                   Uma visão da pessoa de Deus nos permite reconhecer
            nossa  pequenez  e  insignificância  e  redunda  no  senso  de
            dependência de Deus e de rendição de nossa pessoa às  suas
            mãos. Ou, em outras palavras, uma visão da majestade divina
            promove um espírito de piedoso temor,  o que, por sua vez,
            produz uma vida diária calcada na obediência. Esse, pois, é o
            antídoto divino contra a maldade ingênita de nossos corações.
            Por natureza,  o homem está  cheio  do  senso  de  sua própria
            importância,  grandeza  e  auto-suficiência;  em  resumo,  de
            orgulho e rebeldia. Mas, como já dissemos, o grande corretivo
            consiste  em  contemplarmos  o  Deus  Onipotente,  porque
            somente essa visão poderá,  realmente, humilhar o homem.
            O  homem tem de  se  gloriar  em  si próprio  ou  em  Deus.! O
            homem tem de viver ou para servir e agradar a si mesmo, ou
            para servir e agradar ao Senhor.  Ninguém pode servir a dois
            senhores.
                   A  irreverência  gera  a  desobediência.  Disse  o  altivo
            monarca do Egito:  “Quem é o S enhor para que lhe ouça eu a
            voz, e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco
            deixarei ir a Israel”  (Êx 5.2).  No conceito de Faraó,  o Deus
            dos  hebreus  era  apenas  um  deus  a  mais,  um  entre  muitos,
            uma entidade destituída de poder, que não precisava ser temido
            ou  servido.  Ele  logo  descobriu  quão  redondamente  estava
            enganado e logo descobriu quão amargamente teve de pagar
            por esse erro.  Mas,  o que estamos querendo ressaltar aqui é
            que o rebelde espírito de Faraó era fruto da irreverência,  e
            essa irreverência era fruto de sua ignorância quanto à majes­
            tade e à autoridade de Deus.
                   Ora,  se a irreverência gera a desobediência,  então a
            reverência autêntica terá de produzir e promover a obediência.
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