Page 153 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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          Eli, quando soube, por meio de Samuel, as trágicas notícias?
          Que  respondeu  ele,  quando  ouviu  a  terrível  proclamação?
          Disse:  E o  S enhor; faça  o  que bem  lhe  aprouver”  (1  Sm
          3.18).  Nenhuma outra palavra houve  de sua parte.  Maravi­
          lhosa submissão! Sublime resignação! Belo exemplo do poder
          da graça divina em controlar as mais fortes emoções do coração
          humano  e em subjugar a vontade rebelde,  levando-a a uma
          serena submissão ante o beneplácito soberano do Senhor.
                  Um outro exemplo, igualmente notável, pode ser visto
          na vida de Jó.  Como bem o sabemos,  Jó era íntegro,  reto e
          desviava-se  do  mal.  Se já  houve  alguém  que,  segundo  se
          poderia  razoavelmente  esperar,  humanamente  falando,
          mereceria que a providência divina lhe sorrise,  esse alguém
          foi Jó. Como, entretanto, mudou-se a sua situação? Por algum
          tempo, a sorte lhe caiu em lugares amenos.  O Senhor encheu
          sua aljava, concedendo-lhe sete filhos e três filhas. Prosperou
          em seus negócios, chegando a ter grandes posses. De súbito,
          porém, o sol da vida se ocultou por detrás de espessas nuvens.
          Em  um  só  dia,  Jó  perdeu  não  somente  os  rebanhos  e  as
          manadas, mas também seus filhos e filhas. Chegaram notícias
          de que seu gado fora levado por bandos de assaltantes e que
          seus filhos tinham sido mortos por um ciclone. Como recebeu
          ele tais notícias? Ouça suas sublimes palavras:  f  O  S enhor  o
          deu,  e o  S enhor  o  tomou;  bendito seja o nome do  S en h o r!” ,,
          Curvou-se diante da soberana vontade do Senhor. Descobriu,
          por  detrás  de  suas  aflições,  a  Causa  Primeira.  Olhou  para
          além dos sabeus, que lhe tinham roubado o gado, e para além
          dos  vendavais,  que  lhe  tinham  destruído  os  filhos,  e  viu  a
          mão de Deus. Mas Jó não somente reconheceu a soberania de
          Deus, como também se regozijou nela. Às palavras “O Senhor
          o deu, e o S enhor  o tomou” ele acrescentou ainda,  “Bendito
          seja o nome do  Sen h o r!”  (Jó  1.21).  Outra vez exclamamos:
          Doce submissão!  Maravilhosa resignação!
                 O  verdadeiro  reconhecimento  da  soberania  de  Deus
          leva-nos a submeter todos os nossos planos à vontade dEle.
          Este  escritor  está  bem  lembrado  de  um  fato  ocorrido  na
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