Page 151 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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144                                          Deus é Soberano


           Reconhecer  que  as  Sagradas  Escrituras  são  uma  revelação
           outorgada pelo Deus Altíssimo, transmitindo-nos o propósito
           e definindo a vontade dEle, é o passo inicial para se atingir a
           piedade prática. Reconhecer que a Bíblia é a Palavra de Deus
           e que seus preceitos são mandamentos do Altíssimo levar-nos-á
           a perceber que coisa terrível é desprezá-los e desconsiderá-los.
           Receber a Bíblia tal como nos foi dada pelo próprio Criador,
           endereçada à nossa alma,  nos levará a exclamar juntamente
           com o salmista:  “Inclina-me o coração aos teus testemunhos...
           Firma os meus passos na tua palavra” (SI 119.36,133). Uma
           vez visualizada a soberania do Autor da Palavra,  não é mais
           a  questão  de  meramente  selecionar  dentre  os  preceitos  e
           estatutos da Palavra, escolhendo aqueles que recebem a nossa
           aprovação pessoal; mas sim, perceber que à criatura convém
           nada menos que a submissão incondicional, submissão de todo
           o coração.
                  Qual deve ser a nossa atitude ante a soberania divina?
           Respondemos ainda:



           3.  Uma Atitude de Total Resignação


                  Um autêntico reconhecimento da  soberania de  Deus
           excluirá toda a murmuração. Isso deveria ser óbvio; contudo,
           tal pensamento merece ser considerado mais demoradamente
           aqui. É natural nos queixarmos de aflições e perdas. É natural
           que nos lamentemos,  ao  sermos privados de coisas  às quais
           nos temos apegado. Somos propensos a considerar que nossos
           bens nos pertencem incondicionalmente.  Sentimos que, uma
           vez  levados  adiante  os  nossos  planos,  com  prudência  e
           diligência,  temos  direito  ao  sucesso;  que,  se  acumularmos
           um  patrimônio,  através  de  árduos  trabalhos,  merecemos
           conservá-lo e desfrutá-lo;  que,  se temos ao nosso redor uma
           família  feliz,  nenhum poder  tem  o  direito  de  penetrar  esse
           círculo  encantado  e  abater  a  um  ente  querido.  E  se,  em
           qualquer  desses  casos,  a  decepção,  a  falência  ou  a  morte
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