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P conhecidos pelos outros, tal como somos - e não apenas pelo que fazemos - para
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nos sentirmos psicologicamente completos. Esse tipo de conhecimento é
compartilhado entre as pessoas, pois são necessárias duas pessoas para criar o
conhecimento pessoal. Quando ele se fundamenta na verdade, ambas as pessoas
são transformadas e crescem.
Jesus acreditava que fomos criados com o propósito de conhecer Deus e sermos
conhecidos por ele. Um ponto central do seu ensinamento era comunicar o poder
transformador de conhecer Deus, que não é um conhecimento intelectual e isolado,
mas uma experiência que só se dá no relacionamento.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: O conhecimento pessoal é criado entre as pessoas e não
dentro delas.
O PODER DA EMPATIA
"Vinde ver um homem que me disse tudo o que já fiz''
João 4:29
John foi forçado a fazer terapia devido à sua dificuldade em se relacionar com as
pessoas. Estava prestes a perder o emprego e a sua mulher ameaçava pedir o
divórcio. Ele não gostava de psicólogos e achava que a terapia era um desperdício
de dinheiro. Mas como queria mostrar à mulher que estava tentando fazer alguma
coisa para manter o casamento, veio me procurar.
Descobri logo que John era o tipo de pessoa de quem acho difícil gostar. Ele achava
que tinha o direito de ser rude com os outros, freqüentemente agia de modo
ameaçador e acreditava em vencer através da intimidação. Várias vezes em nossas
sessões ele me provocava, como se estivesse procurando um motivo para discutir.
Era brigão e orgulhava-se disso.
Apesar da dificuldade em relacionar-me com John, vim a compreendê-lo com o
tempo. Ele havia sofrido várias humilhações dolorosas na vida e sentia muita raiva
por causa disso. Embora não se abrisse completamente comigo a respeito de seus
traumas, cheguei a entendê-lo o suficiente para ajudá-lo a perceber a ligação entre
sua raiva e os acontecimentos passados que ainda despertavam nele um desejo de
vingança. Ele fora ferido, e alguém tinha que pagar por isso.
Eu gostaria de poder dizer que me tornei uma figura semelhante a Cristo para John
na nossa terapia e que foi isso que o curou da raiva. Mas em muitos aspectos fiquei
bem aquém do que Jesus teria feito. No entanto, fiz uma coisa que o beneficiou. Eu
o acolhi e compreendi o suficiente para ajudá-lo a conhecer-se um pouco melhor,
ajudando-o a mudar. John terminou a terapia entendendo por que fica com tanta
raiva e sendo mais capaz de lidar com isso e expressar seus sentimentos. Eu não
diria que John está curado, mas afirmaria que ele melhorou muito. Apesar de ter sido
difícil para mim, o fato de eu ter acolhido e compreendido com empatia a dor de
John foi muito positivo na vida dele. Ele não conseguiu escapar do impacto da
empatia.