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P                                              CAPÍTULO     3
          P



                                             Entendendo o crescimento




                  "Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa
                  a roupa e o rasgão fica pior. Nem se põe vinho novo em odres velhos. Do contrário,
                  rompem-se os odres, o vinho escorre e os odres se perdem. Mas coloca-se o vinho
                  novo em odres novos, e assim ambos se conservam.”
                                                                                            Mateus 9:16-17


                   Jesus ensinou que as pessoas que estão crescendo são sempre capazes de mudar
                  sua maneira de pensar a respeito das coisas. À medida que nos desenvolvemos e
                  mudamos, antigas convicções inflexíveis são destruídas e deixam de funcionar para
                  nós, assim como um odre velho se rompe quando o enchemos com vinho novo que
                  então se expande.
                  As crenças que existem no nosso inconsciente são chamadas de princípios
                  organizadores. À medida que passamos pela vida, acumulamos crenças a respeito
                  de nós mesmos e do      mundo que nos cerca. Esses princípios organizadores agem
                  automaticamente, na maior parte das vezes sem que percebamos, determinando
                  nossas escolhas e reações, e são a base da nossa auto-estima.
                  É somente quando nos tornamos conscientes desses princípios organizadores
                  inconscientes que podemos abrir espaço para novas convicções. Essa tomada de
                  consciência promove o crescimento, assim como um odre novo acolhe o vinho
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                  novo.




                          QUANDO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA GERA O CRESCIMENTO


                                        "Nem se põe vinho novo em odres velhos."
                                                         Mateus 9:17


                   Sempre que David entrava no meu consultório, era inundado por dolorosos
                  sentimentos de insegurança. Ele morria de medo de          falar o que sentia por temer
                  dizer alguma coisa que me fizesse ficar triste com ele. O         fato de David temer a
                  minha rejeição resultava em longos e dolorosos silêncios nas nossas sessões.
                  David tinha muitas lembranças de entrar no escritório do pai quando criança e ficar
                  quieto, esperando que o pai conversasse com ele. Infelizmente, o pai estava com
                  freqüência ocupado demais para notar a presença de David. Como o menino nunca
                  falava e nem o perturbava, o pai nunca pediu que ele se retirasse, o que criou a
                  seguinte crença -princípio organizador - no inconsciente de David: "Se eu não pertur-
                  bar as pessoas, não serei rejeitado." O aspecto negativo desse princípio organizador
                  era que David nunca tentava obter aceitação; ele estava constantemente tentando
                  evitar a rejeição. Esse é um processo sem fim.
                  Depois de algum tempo na terapia, David tomou consciência de que estava
                  automaticamente supondo que iria ser rejeitado se dissesse qualquer coisa
                  perturbadora. Como tinha um enorme cuidado para não incomodar as pessoas, ele
                  nunca se abria o suficiente para descobrir se as suas suposições estavam ou não
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