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- Fale com eles e depois me diga o que descobriu - ordenou. 142
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CAPÍTULO 34
Susan estava sozinha no Nodo 3, ainda esperando pelo resultado de seu tracer.
Hale havia decidido tomar um pouco de ar do lado de fora, o que a deixava feliz.
Estranhamente, contudo, a solidão do Nodo 3 não a reconfortava. Susan ainda
estava pensando no que havia descoberto sobre Tankado e Hale.
Quem guardará os guardiões?, repetia para si mesma. Quis custodiet ipsos
custodes. As palavras giravam em sua mente. Susan forçou-se a pensar em outra
coisa. Lembrou-se de David. Ela continuava preocupada com seu bem-estar e
ainda achava estranho que ele estivesse na Espanha. Quanto mais cedo
encontrassem as chaves e terminassem com isso, melhor.
Susan havia perdido a conta de quanto tempo tinha ficado sentada ali, esperando
o resultado do tracer. Duas horas? Três? Olhou para fora, para o salão deserto da
Criptografia, e torceu para seu terminal emitir algum som. Mas havia apenas
silêncio. O sol daquele final de verão já se pusera, e a iluminação automática se
acendera na sala e no domo. Susan sentiu que o tempo estava se esgotando.
Olhou para o tracer em sua tela, pensativa. Vamos lá. Você já teve tempo
suficiente. Ela clicou o mouse para ativar a janela de status do tracer. Há quanto
tempo você já está ativo?
Assim como a tela do ExeMon do TRANSLTR, a janela de status do tracer
mostrava, em horas e minutos, há quanto tempo o programa estava sendo
executado. Susan esperava ver uma contagem de uma ou duas horas, pelo
menos. Em vez disso, viu uma mensagem totalmente diferente que fez seu
sangue gelar nas veias.