Page 320 - Fortaleza Digital
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Jabba ainda estava se recuperando do choque quando alguém começou a gritar
      histericamente em um canto da sala.
      - Jabba! Jabba!
      Era Soshi Kuta, chefe dos técnicos. Veio correndo em direção à
      plataforma de Jabba, puxando uma longa listagem. Parecia nervosa.
      - Jabba - prosseguiu, sem fôlego. - O verme... Acabei de descobrir o que ele foi
      programado para fazer. - Soshi jogou o papel nas mãos de Jabba.
      - Peguei isso a partir da sonda de análise de atividade do sistema!
      Isolamos os comandos de execução do verme. Dê uma olhada na programação!
      Veja o que ele está pretendendo fazer!
      Perplexo, Jabba pegou o papel e leu. Em seguida apoiou-se no anteparo. Meu
      Deus - disse Jabba, tenso. - Tankado, seu filho da mãe!
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      CAPÍTULO 110
      Jabba olhava para o papel que Soshi havia acabado de lhe entregar. Pálido,
      secava sua testa com a manga da camisa.
      - Diretor, não temos escolha. Precisamos cortar a energia do banco de dados.
      - Inaceitável-respondeu Fontaine. - Você sabe que o resultado seria catastrófico.
      Jabba sabia perfeitamente. Havia mais de três mil conexões ISDN
      ligando o banco de dados da NSA ao restante do mundo. Todos os dias militares
      de alta patente acessavam fotos atualizadas de satélites para observar os
      movimentos de seus inimigos, engenheiros acessavam projetos de novos
      armamentos e agentes de campo atualizavam dados sobre suas missões. O banco
      de dados da NSA era a espinha dorsal de milhares de operações do governo
      americano. Desligá-lo sem aviso prévio provocaria blecautes em diversos setores
      da inteligência americana em todo o planeta, em alguns casos possivelmente
      fatais.
      - Estou ciente das implicações, senhor, mas não vejo outra escolha - respondeu
      Jabba.
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