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Viticultura e Enologia, na década de 1920.
Ocorre que essa estrutura era estadual e a Lei N° 549,
que unificou a legislação brasileira de vinhos, em 1937,
determinou a criação de uma estação de enologia mantida pela
União em cada um dos seguintes estados: Rio Grande do Sul,
São Paulo e Minas Gerais.
A articulação política e a aquisição pelo município de um
grupo de imóveis que foram doados ao Laboratório Central de
Enologia do Ministério da Agricultura foram fundamentais para
tornar Bento Gonçalves sede de uma estação de enologia
federal.
Consequentemente, quando o governo decidiu atender
a forte demanda que havia por parte do setor vitivinícola por
formação profissional, o Ministério da Agricultura tinha ao seu
dispor essa área territorial que poderia abrigar também a
Escola.
A ação política foi outro fator que contribuiu para isso.
Na ocasião, a cidade tinha um representante bastante atuante
no Congresso Nacional, o jovem Deputado Federal Paulo
Mincarone, integrante da Frente Parlamentar que apoiava o
governo Juscelino Kubitschek e que intercedeu junto ao
Presidente para que a Escola fosse instalada em Bento
Gonçalves.
Posteriormente, quando se consolidou a divisão da área
entre a Estação de Enologia e o Colégio, em 1969, com o
traçado da Rodovia São Vendelino, atual BR 470, as duas
instituições já não pertenciam ao mesmo ministério. A primeira
permanecia subordinada à Agricultura , mas o CVE havia sido
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13 A Estação de Enologia passou a ter outras denominações, até ser transformada
em unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa Uva e Vinho.