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estrutura física, possivelmente não havia condições para
ampliar o número de alunos devido à quantidade insuficiente
de servidores docentes e técnico-administrativos e aos demais
recursos necessários ao processo de ensino/aprendizagem. Ou
seja, essa é uma das questões que pode ser aprofundada em
outro estudo.
Ainda no segundo capítulo, falo sobre a criação da
Coagri, em 1973, com enfoque na transformação que causou no
sistema de ensino/aprendizagem realizado no Colégio. Nesse
item, é interessante observar como os colégios agrícolas
passaram a reproduzir os conceitos aplicados aos complexos
agroindustriais para acompanhar o processo de industrialização
da agricultura, denominado na época como “revolução verde”.
Esse é um dos momentos em que fica evidenciado o quanto as
reestruturações de ordem econômica repercutem nas políticas
de formação profissional.
No terceiro capítulo, apresento o relato sobre o período
em que a Instituição era denominada Escola Agrotécnica
Federal de Bento Gonçalves, a partir de 1979, e Escola
Agrotécnica Federal Presidente Juscelino Kubitschek, de 1985 a
2002. Como essa institucionalidade durou quase 23 anos, há
muitas questões que podem ser problematizadas em trabalhos
com enfoques em temáticas relacionadas a atividades
extracurriculares, à discriminação de gênero, à assistência
estudantil, etc.
Nesse sentido, o sistema de internato que era
disponibilizado na época pode ser central para permear essas
discussões. Afinal, as estratégias pedagógicas estavam baseadas
no princípio do “aprender a fazer fazendo” e contavam com os
alunos trabalhando nas UEPs, para além dos horários em salas
de aulas. Todos os egressos desse período com os quais falamos