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Será talvez ainda necessário chamar processos artistas às
       transformações químicas da natureza inorgânica, papéis mímicos que uma
       força representa: mas existem vários papéis que ela pode representar!


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              Grande embaraço em saber se a filosofia é uma arte ou uma ciência.
       É uma arte em seus fins e em sua produção. Mas o meio, a representação
       em conceitos, ela o tem em comum com a ciência. É uma forma de poesia.
       Não se deve classificá-la: é por isso que temos de encontrar e caracterizar
       uma categoria.

              A fisiografia do filósofo. Ele conhece inventando e inventa
       conhecendo.

              Não cresce, quero dizer que a filosofia não segue o mesmo curso
       que as outras ciências: mesmo se certos domínios do filósofo passam
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       pouco a pouco para as mãos da ciência. Heráclito nunca envelhecerá. É a
       poesia fora dos limites da experiência, prolongamento do instinto mítico;
       essencialmente também em imagens. A exposição matemática não pertence
       à essência da filosofia.


              Ultrapassagem do saber por meio das forças criadoras do mito.
       Kant é notável — saber e crença! Intimo parentesco entre os filósofos e os
       fundadores de religião.

              Singular problema: a decomposição dos sistemas filosóficos! É
       inaudito para a ciência e para a arte! Com as religiões ocorre de forma
       análoga: é notável e característico.


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              Nosso entendimento é uma força de superfície, é superficial. É o
       que se chama também "subjetivo". Conhece por meio de conceitos: nosso
       pensar é um classificar, um nomear, portanto, algo que diz respeito ao



              14  Heráclito de Éfeso (550-480 a.C.), filósofo grego; defendia a tese de que o universo é uma eterna
              transformação, na qual os contrários se equilibram e, em sua harmonia, esses opostos regem os planos
              cósmico e humano (NT).
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