Page 25 - História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar
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pestanejou e começou a lacrimejar.


                  -  Bem,  realmente  são  seis  marcos.  Um  erro,  qualquer  um  tem  -

                guinchou timidamente.


                  Zorbas, sem deixar de olhar para ele de olhos nos olhos, pôs de fora

                uma garra da sua pata direita da frente.

                  -  Gostas, Matias? Olha que eu tenho mais nove. Estás a imaginá-las


                cravadas nesse cu vermelho que tens sempre virado para o ar? - miou ele

                tranquilamente.


                  -  Por esta vez faço vista grossa. Podem passar - aceitou o chimpanzé

                fingindo- se calmo.


                  Os  três  gatos,  de  rabos  orgulhosamente  alçados,  desapareceram  no

                labirinto de corredores.




                                            CAPÍTULO SÉTIMO


                    - Terrível! Terrível! Aconteceu qualquer coisa terrível! - miou


                Sabetudo quando os viu chegar.

                  Passeava nervosamente diante de um enorme livro aberto no chão e de


                vez em quando levava à cabeça as patas dianteiras. Via-se que estava

                verdadeiramente desconsolado.


                  -  Que se passou? - perguntou Secretário.

                  -  Era exatamente o que eu ia a perguntar. Parece que isso de me tirar

                os miados da boca é uma obsessão - observou Colonello. - Vamos. Não


                há de ser assim tão grave - sugeriu Zorbas.

                  -  Não é assim tão grave?! É terrível! Terrível! Esses malditos ratos


                comeram  uma  página  inteira  do  atlas.  O  mapa  de  Madagáscar

                desapareceu. É terrível! - insistiu Sabetudo puxando pelos bigodes.





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