Page 29 - História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar
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Secretário.


                  -  É  muito  simples:  você  humedece  convenientemente  o  rabo  com

                benzina e depois vamos tratar dessa pobre gaivota - indicou Colonello


                olhando para outro lado.

                  -  Ah, não! Isso é que não! Nem pensar! - protestou Secretário.

                  - Lembro-lhe que a ementa desta tarde contempla uma dupla ração de


                fígado com natas - murmurou Colonello.

                  - Meter  o  rabo  em  benzina!...  Disse  fígado  com  natas?  -  miou


                Secretário consternado.

                  Sabetudo decidiu acompanhá-los, e os quatro gatos correram para a


                saída do bazar de Harry. Ao vê-los passar, o chimpanzé, que acabava de

                beber uma cerveja, dedicou-lhes um sonoro arroto.




                                            CAPÍTULO OITAVO


                    Os quatro gatos desceram do telhado para a varanda e


                imediatamente compreenderam que haviam chegado tarde.

                Colonello, Sabetudo e Zorbas observaram com respeito o corpo sem


                vida da gaivota, enquanto Secretário agitava o rabo ao vento para lhe

                tirar o cheiro a benzina.


                  -  Acho que devemos juntar-lhe as asas. É o que se faz nestes casos -

                indicou Colonello.

                  Vencendo a repugnância que lhes provocava aquele ser impregnado de


                petróleo, uniram-lhe as asas ao corpo e, ao mexer-lhe, descobriram o

                ovo branco com pintinhas azuis.


                  -  O ovo! Chegou a pôr o ovo! - exclamou Zorbas.

                  -  Meteste-te  numa  boa  embrulhada,  caro  amico.  Numa  boa





                                                                                               Página 29
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