Page 99 - Os Lusiadas Contados as criancas e lembrado ao povo
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Como antídoto e remédio contra a vergonha e a baixeza de tal situação, Os

                  Lusíadas  andaram  desde  logo  nas  mãos  de  todos  os  bons  Portugueses.


                  Enquanto Portugal não reconquistou a independência, foram leitura fiel

                  daqueles que precisavam de fortalecer a sua confiança na Pátria e no Povo

                  oprimidos. Hoje ainda — hoje e sempre — o poema de Luís de Camões

                  ensina a estrangeiros e a nacionais a grandeza e a eternidade do destino de

                  Portugal.








                  João de Barros nasceu na Figueira da Foz a 4 de fevereiro de 1881 e faleceu

                  em  Lisboa  a  25  de  outubro  de  1960.  Foi  escritor,  pedagogo  e  político.

                  Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra.

                  Durante a Primeira República (1910 a 1926) exerceu vários cargos públicos

                  nomeadamente  os  de  diretor  do  Ensino  Primário,  diretor  do  Ensino


                  Secundário,  secretário-geral  do  Ministério  da  Instrução  e  ministro  dos

                  Negócios Estrangeiros.

                  Foi um grande impulsionador das relações luso-brasileiras. Dirigiu a revista

                  Atlântida,  que  contou  com  a  colaboração  dos  principais  escritores

                  lusófonos da década 1910-1920.


                  Foi  membro  da  Academia  das  Ciências  de  Lisboa  e  sócio  da  Academia

                  Brasileira de Letras. Recebeu a grã-cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul em

                  1945.

                  Foi  dedicado  às  letras,  deixando  uma  obra  importante,  na  sua  maioria

                  dispersa por várias publicações.


                  Nos  últimos  anos de vida dedicou-se a adaptar em  prosa, para os mais

                  jovens,  alguns  dos  mais  importantes  clássicos  da  literatura  como,  por

                  exemplo, Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e A Odisseia de Homero.
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