Page 164 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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– É um belo terno – diz outra voz.
– Eu fico com os sapatos – a voz nasal diz rapidamente.
E então o snik de um canivete corta a noite fria. Seus agressores se
aproximam, mas há apenas um nome ecoando em seu crânio. Repetidas
vezes. Uma voz raivosa que grita.
Demolidor!
Demolidor!
Matt quebra a bengala no meio no momento em que o líder ataca. Ele
ouve o ar se movendo enquanto uma mão desce com a lâmina.
Matt se inclina para trás. A faca passa batida por seu rosto. Ele leva a
bengala com força ao tornozelo do agressor. O homem grita enquanto a faca
cai no chão. Matt gira com mais força o outro braço e golpeia o homem na
garganta. Ele cai, ofegando.
Os outros vêm na sua direção. Duas metades de bengala contra quatro
agressores.
Matt se desliga conforme seu treinamento toma conta. A bengala quebrada
se torna uma extensão de seus braços, armas de vingança contra os
valentões da escola.
Ossos se quebram. Peles se rompem. As partes da bengala sobem e
descem, e então se separam. Ele as solta no chão e parte para o punho na
pele, o tapa primitivo da sobrevivência. Ele chuta, usa os cotovelos,
arrebenta músculos – e durante todo o tempo escuta as provocações em sua
mente.
Demolidor.
Demolidor.
Demolidor.
Gira, cercado por corpos que gemem. O líder está tentando se arrastar e
fugir, soluçando. Matt salta por cima dos outros e agarra seu cabelo.
– N… não – o homem murmura. – P… por favor.
Matt bate a cabeça do homem no chão.
– Não. – Outra batida. O homem agora parou de gemer.
– Me. – Outra batida.
– Chama. – Outra. O homem não se mexe mais.