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Mepivacaína
Possui a mesma potência e toxicidade que a lidocaína, porém, com menor
potencial de vasodilatação. Por esse motivo, quando é utilizada sem
vasoconstritor apresenta melhor desempenho clínico do que a lidocaína sem
vasoconstritor.
Clinicamente, quando utilizada com epinefrina 1:100.000, existe evidência
que a mepivacaína possui melhor desempenho do que a lidocaína epinefrina
1:100.000(6).
O fígado do feto não metaboliza adequadamente a mepivacaína,
portanto, deve ser evitada em gestantes.
É disponível a concentração de 2% com vasoconstritor e 3% sem
vasoconstritor e é a solução de escolha, de maneira geral, quando se necessita
de um anestésico local sem vasoconstritor para o uso clínico. Alguns
odontopediatras utilizam a mepivacaína 3% sem vasoconstritor, por conta da
sua curta duração. Com isso, eles evitam que haja lesão labial no paciente
pediátrico. Esse problema costuma ocorrer, pois esse tipo de paciente tende
a morder o lábio após a realização do procedimento odontológico. A não
associação ao vasoconstritor somada à concentração de 3% pode contribuir
para reações de toxicidade sistêmica. Percebeu-se que o pico de mepivacaína
3% ocorre mais rapidamente e excede em 3 vezes o mesmo volume de
lidocaína 2% com epinefrina após infiltração maxilar(7, 8). A desvantagem da
mepivacaína é que não temos estudos suficientes relacionados a
possibilidade de alcalinização. A dose máxima recomendada é de 6,6 mg/Kg.
Soluções Anestésicas na Prática Odontológica 12