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hemoglobinas, levando a um quadro de cianose, numa condição chamada
metemoglobinemia. Apesar de rara é uma condição perigosa e uma vez
instalada, não adianta fornecer oxigênio pois o oxigênio não é transportado
sendo que o tratamento efetivo é a aplicação endovenosa de azul de
metileno. Ela é metabolizada no fígado, rins e pulmão.
O início da ação é levemente maior que a da lidocaína e a concentração eficaz
disponível comercialmente no Brasil é de 3%, somente associado a
felipressina.
Em gestantes, teoricamente a prilocaína não é contraindicada, pertence a
categoria B, porém, a American Academy of Pediatric Dentistry não
recomenda a utilização em gestante por conta da possibilidade de indução
de metemoglobinemia no feto(26, 27). O vasoconstritor associado à
prilocaína utilizado no Brasil, a felipressina, é contraindicada em gestantes,
portanto, todas as formulações comerciais disponíveis no Brasil são
contraindicadas para essas pacientes.
A principal vantagem que muitos autores atribuem a solução anestésica
comercial é que ela irá atuar somente em vênulas. Não atuando em artérias a
probabilidade de a solução anestésica não aumentar os níveis pressóricos são
maiores, o que nos leva a indicá-la em casos de pacientes hipertensos, onde
se necessita de maiores volumes anestésicos e um tempo de ação
intermediário. Veremos por que isso é , no mínimo, controverso no módulo
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