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Teatro do Ginásio


                                           Teatro do Ginasio (1846/ 1925)




































                     Em 12 de Outubro de  1845, abriu  o  “Gymnasio Lisbonense”, tendo como primeiro proprietário o sr.
               Motta, que era tipógrafo. Esta casa  de  espectáculos ocupava  os terrenos do antigo Palácio Geraldes,  na
               Travessa do Secretário da Guerra, próximo da Rua das Portas de Santa Catarina a caminho da Trindade.

                     Pouco tempo depois muda de mãos para um ex-fiscal do “Teatro Nacional de S. Carlos”, o de seu nome
               Manoel Machado, que organizou a primeira companhia de declamação,  tornando-se num teatro  popular
               exibindo, também, uma grande  variedade de espectáculos. A segunda companhia seria liderada por Emilio
               Doux.

                     Menos de um ano depois, uma sociedade composta por alguns artistas, pelo mesmo  Manoel Machado,
               e pelo sr. Lima, camaroteiro, remodelam totalmente este local e inauguram o “Theatro do Gymnasio” em 17 de
               Maio de 1846 com o drama “Os Fabricantes de Moeda Falsa”.  «era um teatrinho de cartas, sem proporções,
               sem espaço, mas alegre e simpático» (Julio Cesar Machado). Neste teatro estreou-se o actor Taborda, que
               tinha trabalhado na oficina de tipografia do sr. Motta.

                     «A boa escolha dos espectaculos, o aceio,  em que poz a salla, e uma rigorosa policia acreditou em
               pouco tempo de tal sorte o theatro do Gymnasio, que ordinariamente estava cheio de espectadores .
               O Gymnasio é muito frequentado. O público da capital gosta da comédia e da farça, e este theatro apresenta-
               lhas.
               A primeira sociedade frequentava o teatro, e D. Fernando quiz lá ir. O Teatro não tinha cómodos. Daí a ideia
               de construir outro, no mesmo local.» in “Galeria Theatral”, 1849.

                     «O  Theatro do Gymnasio, onde todas as noites  se reunia a primeira  sociedade de Lisboa,seguia
               prosperamente. Suas Magestades manifestaramdesejos de assistir áquelles espectáculos;rftas o theatro era
               de tal ordem,que não podia recebel-as. Começaram então os sócios a pensar em demolir o nojento barracão,
               sujo, tortuoso, de  escadas Íngremes  e corredores acanhados e no mesmo  local  mandaram construir uma
               decente e commoda casa d'espectaculos. Eram bonros desejos, mas faltavam os recursos. Os artistas tinham
               o maior empenho em ser agradáveis ao publico; este só queria auxilial-os. Manuel Machado conseguiu que o

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