Page 1015 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Síndrome Congênita Associado ao Zika Vírus na 20ª Região de Saúde do Crato/CE 2015 a 2018.
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 060.619.403-78 Maria de Lourdes Coêlho Alencar Barreto Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
787.296.453-87 Yana Carla Bezerra Feitosa de Amorim 20ª CRES
988.983.703-00 Kylvia Gardênia Torres Eduardo 20ª CRES
Resumo
Em 2015 uma epidemia da febre Zika afetou o Nordeste do Brasil e concomitantemente cresceram os casos de microcefalia em recém-
nascidos, fato que levou o Ministério da Saúde a declarar Emergência em Saúde Pública Nacional (ESPIN) e posteriormente, em 2016, o
Comitê Internacional de Regulação em Emergências em Saúde declarou emergência de saúde pública de importância internacional
(ESPII). A microcefalia e anomalias associadas à infecção congênita pelo Zika-SCZ têm carência de descobertas e ampliação da
literatura, apresenta alta prevalência de incapacidades, cronicidade, complicações neurológicas e despreparo dos serviços para suprir às
necessidades dos afetados. Este estudo retrospectivo e descritivo, objetiva descrever os casos notificados de SCZ na região de saúde de
Crato/CE, no período de 2015 a 2017. O material estudado constou do Registro de Eventos de Saúde Pública-RESP e declarações de
nascimentos - DN de 19 recém-nascidos com clínica compatível com microcefalia, analisados e tabulados através de planilhas eletrônicas
no programa Excel, apresentados em frequências simples, tabelas, gráficos e mapa. Ocorreram em média 6,3 casos/ano, com intervalo de
1 a 10 casos/ano, em 07 dos municípios da região, dos quais Crato, município mais populoso, concentra maior número de casos, embora a
maior taxa de detecção seja em Altaneira e Santana do Cariri, municípios de pequeno porte populacional, retratando que a transmissão
vetorial não esteve relacionada á densidade demográfica e 01 óbito foi registrado em Campos Sales. Foram confirmados 52,63% dos
casos, percentual maior que o Estadual que confirmou 24,2%. O período de detecção da infecção deu-se principalmente no pós-parto, entre
mães de 20 e 35 anos. Os recém-nascidos do sexo masculino foram a maioria e nasceram a termo, com perímetro cefálico variando de
30-33 cm, ressaltando-se que 31,58% tiveram circunferência menor que 30 cm, significando ocorrência de microcefalia grave. A introdução
do vírus Zika demonstram o fracasso do controle vetorial adotado no país há mais de 40 anos. A revisão da literatura, a análise e
interpretação dos dados ampliaram o conhecimento dos aspectos epidemiológicos das arboviroses e fortaleceram a necessidade da
educação permanente e da mobilização social focadas no planejamento familiar, nas medidas de prevenção, na atenção às crianças e suas
famílias, com vistas às respostas adequadas aos surtos e à redução dos danos provocados pela febre Zika. PALAVRA CHAVE: Febre Zika.

