Page 1014 - ANAIS ENESF 2018
P. 1014
1005
Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Saúde das mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde de Fortaleza: Uma análise quantitativa sobre comorbidades e hábitos de vida.
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 026.763.753-50 Jadson de Braga Chaves Universidade de Fortaleza
x 063.006.763-58 Lucas Nunes Ferreira Andrade Universidade de Fortaleza
068.019.993-46 Lara Pereira Arcanjo Universidade de Fortaleza
Resumo
INTRODUÇÃO: As mulheres são as maiores usuárias do sistema de saúde, tanto para autocuidado como em relação às demandas de
familiares. No tocante ao cuidado da mulher, é relevante enfatizar as doenças mais comuns nesse gênero, como hipertensão arterial,
diabete mellitus e o câncer de mama e de colo de útero. Nessa atenção à saúde das mulheres, entende-se a integralidade como a
concretização de práticas de atenção que garantam o acesso das mulheres a ações resolutivas construídas segundo as especificidades
femininas e do contexto em que as necessidades são geradas. Nesse sentido, devem-se fazer ações que previnam e tratem,
principalmente, os acontecimentos mais comuns nas mulheres. Tendo em vista o que foi supracitado, o presente estudo foi realizado
para avaliar a realidade da saúde da mulher em usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Fortaleza-CE.
OBJETIVO: Analisar a relação entre mulheres, com hábitos de vida saudáveis, e as doenças crônicas. METODOLOGIA: Estudo transversal,
quantitativo. Foi usado, por alunos de Medicina, um questionário autoaplicável que buscava informações sobre a saúde das usuárias de
duas Unidades Básicas de Saúde de Fortaleza. A coleta foi realizada em 2017 e as informações analisadas com o Epi Info 7.
RESULTADOS: 304 mulheres entrevistadas. A faixa etária predominante foi de mulheres entre 18 a 39 anos. Menos de 10% das mulheres
fumavam, quem em comparação com outro estudo, de 2010, também em Fortaleza, demonstra uma diminuição na prevalência de
fumantes nesse gênero, que estava em 53%. Isso pode significar uma mudança de hábitos de vida. 16,95% das mulheres apresentavam
diabetes mellitus. Dessas mulheres que afirmaram ter diabetes, 64,58% afirmaram ter hipertensão arterial. Este valor elevado gera
preocupação, pois pode significar uma deficiência na prevenção da atenção primária, que deveria evitar o surgimento de várias
comorbidades. CONCLUSÃO: A ferramenta utilizada proporcionou uma melhor comparação de dados, mostrando, por exemplo,
uma maior manifestação de de hipertensão arterial naquelas mulheres previamente diabéticas, o que condiz com estudos anteriores, e
que podem ter tido mudanças nos hábitos de vida da população. Logo, esse estudo contribuiu para uma análise da realidade
quantitativa de Fortaleza, a respeito da saúde da mulher. São necessários, porém, estudos mais extensivos para determinar se essas
mudanças condizem com toda a população feminina geral de Fortaleza.

