Page 772 - ANAIS ENESF 2018
P. 772
763
Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Desafios vivenciados pela equipe de Residência Multiprofissional imersa em uma Unidade de Terapia Intensiva oncológica
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 603.306.213-27 JAMILLE DE LIMA SANTOS ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
055.075.334-66 Juliene Lima Mesquita Universidade Federal do Ceará
037.708.493-02 Heloísa Cristina de Oliveira Couto Centro Regional Integrado de Oncologia
964.103.533-91 Sara Lavor Fernandes Núcleo de Apoio à Saúde da Família, Trairi
020.845.143-98 Maria Carleandra Gonçalves Oliveira Instituto do Câncer do Ceará
024.649.223-66 Juliana Cisne Rodrigues Oliveira Hospital Infantil Albert Sabin
Resumo
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor hospitalar constituído por pacientes que demandam cuidados intensivos e
diferenciados, ofertados por uma equipe interdisciplinar especializada. Caracteriza-se como um ambiente de trabalho que envolve
corpulenta porção emocional, na qual a vida e a morte se mesclam, compondo um cenário singular que pode em decorrência da sobrecarga
de agentes estressores suscitar a eclosão do estresse patológico no trabalho sinalizando insalubridade emocional. Objetivo: Considerando
que se trata de um dos setores mais exigentes, densos e extenuantes da instituição, o objetivo do presente estudo foi identificar os desafios
enfrentados pelos residentes multiprofissionais na UTI de um hospital de referência em oncologia. Metodologia: Dessa forma, consiste em
um estudo de natureza qualitativa e descritiva, realizado através de observação participação, mediante realidade experimentada pelos
residentes da RIS, no período de abril a maio do ano de 2015, durante imersão na UTI de um hospital oncológico na cidade de
Fortaleza/CE. Resultados: A execução desse trabalho possibilitou a reflexão e a compreensão acerca dos desafios vivenciados pela equipe
multiprofissional que atua em um ambiente permeado por agentes estressores. Elencamos dentre estes alguns aspectos: a urgência clínica,
a iminência da morte, a fragilidade na interlocução tanto entre os profissionais da equipe quanto entre estes e os familiares e pacientes.
Assim sendo, constatou-se que algumas ações devem ser primordiais para otimizar as relações profissionais e em equipe, tais
como: garantir a convivência criativa com as diferenças, possibilitar a discussão e a reflexão sobre os dilemas da prática profissional e
viabilizar o desenvolvimento de mecanismos de adaptação do grupo de residentes no setor. Conclusão: Nesse sentido, os desafios
enfrentados pela equipe de residência compõem o contexto dessa experiência perpassada pela colaboração interprofissional e a gestão
colegiada dos casos.