Page 773 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Desmistificando a saúde mental na sala de espera: um relato de experiência.
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 017.192.524-67 Matheus Madson Lima Avelino Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
x 044.076.923-08 Jéssica Pascoalino Pinheiro Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
017.196.354-71 Luana Jordana Morais Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
913.504.414-49 Adriana Maria Alves Prefeitura Municipal de Mossoró
081.914.404-58 Suzanne Raíssa Salvador Fernandes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
014.333.334-81 Eriberto Esdras de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
104.490.414-33 Tamires da Silva Morais Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
082.974.144-50 Lara Maria Taumaturgo Dias Correia Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Resumo
A saúde mental é cercada por estigmas e preconceitos que colocam os indivíduos em sofrimento psíquico em um lugar de loucura e
exclusão. Tais estigmas podem configurar-se como barreiras de acesso para o cuidado em saúde, sendo assim o trabalho no território é
estratégico para desmistificar os transtornos mentais, reduzindo preconceitos, garantindo acesso e um cuidado mais integral à
saúde mental. O objetivo desta experiência foi promover educação em saúde, através da desmistificação de estigmas envolvendo os
transtornos mentais. Foi utilizado um jogo de mitos e verdades com usuários frequentadores da Unidade Básica de Saúde Dr. José
Fernandes de Melo (Mossoró/RN), que se encontravam na sala de espera desta unidade nos dias 17 e 24 de maio de 2018. Inicialmente,
foram distribuídas para os participantes placas com um lado na cor azul indicando concordância ("like") e o outro na cor vermelha indicando
discordância ("deslike"). Em cada rodada foi sorteada uma frase de dentro de uma caixa contendo uma afirmativa sobre saúde mental, e
após a leitura desta, os participantes, através da placa, manifestavam se a frase seria um mito ou uma verdade. Após as manifestações, os
residentes discorriam sobre a afirmativa e construíam os diálogos com base nas respostas dos usuários. A atividade foi facilitada pelos
residentes da equipe multiprofissional do programa de Residência em Atenção Básica/Saúde da Família e Comunidade da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte. Através do diálogo gerado foi possível conversar sobre os significados de loucura, sofrimento, definição de
normal e patológico e, por fim, sobre transtornos mentais, de forma a ressignificá-los. O momento também foi oportuno para sanar dúvidas
para além dos mitos explorados no jogo, bem como para a manifestação de usuários que estavam ali por questões de saúde mental, ou
que já passaram por um sofrimento, ressaltando a importância da atividade e relatando a sua própria experiência em lidar com aqueles
preconceitos que os atingiam. A atividade proporcionou reflexões no sentido de repensar o cuidado em saúde mental para além dos
cuidados individualizados, mostrando a importância de ações que envolvam o contexto sociocultural em que os indivíduos estão
inseridos, ampliando a integralidade do cuidado em saúde mental e diminuindo as barreiras de acesso através da conscientização da
população quanto ao tema. Ressaltamos a necessidade de se pensar em ações que envolvam também os profissionais da saúde.

