Page 983 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
HANSENÍASE EM ÁREAS HIPERENDÊMICAS NO CEARÁ: DESCRIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOVOS, 2016
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 864.700.192-34 Suzyane Cortês Barcelos Secretária de Saúde do Estado do Ceará
063.525.033-06 Josafá do Nascimento Cavalcante Filho Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
859.338.563-04 Aquilea Bezerra de Melo Pinheiro Secretaria de Saúde do Estado Ceará
256.518.893-53 Gerlânia Maria Martins Silva de Souza Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
000.525.511-21 SARAH MENDES DANGELO Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
076.711.477-96 Marcos Vinícius Barros Pinheiro Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio
Resumo
Introdução: A hanseníase é uma doença endêmica e presente ainda hoje em nossa sociedade, apesar de ter tratamento é considerada
negligenciada. Objetivo: Descrever o perfil dos casos novos de hanseníase nos municípios hiperendêmicos no estado do Ceará.
Métodos: Estudo descritivo, transversal, abordagem quantitativa, realizado no estado do Ceará. Os dados disponibilizados foram extraídos
do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os dados foram tabulados no tabwin e exportados para planilhas do Excel,
seguidos de suas análises. Autoriza mediante Carta de Anuência, respeitando a Resolução Nº 510/2016. Resultados: No ano de
2016 foram registrados 149 casos de hanseníase em 14 municípios hiperendêmicos residentes no estado do Ceará. As taxas de
detecção variam de 40,0 a 93,4 casos por 100 mil habitantes. A maioria dos casos novos (67,5%) são do sexo masculino, com faixa etária
de 50 a 64 anos, 57,7% são domiciliados na zona urbana, 40,2% na zona rural e a maioria concluiu o ensino fundamental (44,9%), seguido
por 23,2% que são analfabetos, apenas 2,8% possui nível superior. Em relação a situação da doença no momento do diagnóstico dos
casos novos destes municípios, é perceptível que 73,1% possuem classificação operacional multibacilar mostrando um diagnóstico tardio da
doença. Ao avaliar o Grau de Incapacidade Física também no momento do diagnóstico percebeu-se que 69,7% dos casos foram avaliados,
30,3% não receberam avaliação da GIF no momento do diagnóstico. Dos avaliados a maioria 76,9% não identificou GIF no momento do
diagnóstico, porém 4,8% apresentam GIF II. Conclusão: No Ceará, a hanseníase se apresenta de forma endêmica, os indicadores refletem
a magnitude da doença, que permanece ainda latente em alguns aglomerados geográficos, favorecendo áreas potentes para a transmissão
da doença.