Page 988 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA: PERFIL DA DOENÇA NO ESTADO DO CEARÁ, 2010 A 2017.
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 443.076.833-15 MARTA MARIA CAETANO DE SOUZA SECRETARIA DE SAUDE DO ESTADO DO CEARÁ
013.370.213-85 Francisca Aline de Freitas Coelho Secretaria de saude do estado do Ceará
413.942.083-91 Iva Maria Melo Araujo Lima Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
Resumo
Introdução: A Leishmaniose visceral (LV) é uma doença de curso crônico, causada por protozoário do gênero
Leishmania, da família Trypanossomatidea. A Leishmaniose visceral (LV) foi classificada como uma zoonose de caráter rural, se
expandindo para áreas urbanas. A doença tem se tornado crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do
continente americano. Nos últimos 20 anos a doença apresentou aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência
geográfica, estando presente atualmente em todos os estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos. No Brasil, a importância da
LV reside não somente na sua alta incidência e ampla distribuição, mas também na possibilidade de assumir formas graves e letais
quando associada ao quadro de má nutrição e infecções concomitantes.Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico da Leishmaniose
Visceral Humana (LVH) no estado do Ceará, de 2010 a 2017. Metodologia: estudo descritivo utilizando fonte secundária de dados- Sinan
(Sistema de Informação de Agravos de Notificação). As variáveis avaliadas foram sexo, faixa etária, zona de residência, sintomas
e os indicadores avaliados foram percentual, taxas de incidência da doença e letalidade. Resultados:Na série histórica foram
confirmados 4306 casos de LVH. Os percentuais de LVH por sexo foram: 68,17% no sexo masculino e 31,82 % no sexo
feminino. As faixas etárias menor de 1 ano e de 1 a 4 anos apresentaram as maiores taxas de incidência, 375 e 284 /100.000
habitantes respectivamente . O percentual de casos no período avaliado na zona urbana foi de 73,12%, zona rural de 23,0% e zona
periurbana de 0,86 %. Febre foi o sintoma mais frequente, seguida de emagrecimento e esplenomegalia. A maior taxa de incidência
de LVH foi em 2011(8,0 /100.000habitantes) e a menor em 2016 (4,35/100.000 habitantes). A maior taxa de letalidade foi em 2017
(8,39/100.000habitantes) e a menor em 2010 (4,57/100.000habitantes). Conclusão: O perfil epidemiológico da LVH vem sofrendo
importantes mudanças, passando a ser doença da zona urbana devido ao desequilíbrio ecológico, crescimento desordenado das
cidades e disseminação do vetor. A Leishmaniose Visceral Humana é uma doença de alta letalidade, o que reforça a necessidade de
implantar um serviço de vigilância constante e integrada e ajustar as medidas de prevenção ao novo perfil epidemiológico da doença.