Page 986 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Incidência da Morbimortalidade por Acidente Vascular Cerebral no Estado do Ceará
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 010.103.153-07 JOAO AGOSTINHO NETO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
003.723.213-48 Verineida Sousa Lima Universidade Estadual do Ceará
024.343.723-41 Eva Daks Leite Parente Lima Universidade estadual do Ceará
558.751.733-00 Antonio Germane Alves Pinto Universidade Estadual do Ceará
013.115.253-00 Myrla Soares Aguiar Universidade estadual do Ceará
Resumo
No Ceará, surgem 18 mil casos de Acidente Vascular Cerebral - AVC por ano, e existem cerca de 130 mil pessoas sequeladas de acordo
com dados do Programa de Atenção Integral ao AVC da Secretaria de Saúde do estado do Ceará. Conhecer a prevalência de casos de
AVC é relevante para se pensar no planejamento de estratégias governamentais que priorizem abordagens terapêuticas e atendimento em
tempo oportuno, reduzindo o risco de sequelas. Objetiva-se descrever a morbimortalidade por Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
Transitório (AVCIT) e Acidente Vascular Cerebral não especificado hemorrágico ou isquêmico (AVCNHI) no Estado do Ceará. Trata-se de
um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e transversal que aborda informações de mortalidade (SIM/SUS) na página eletrônica do
DATASUS. Ressalta-se que no caso da mortalidade não foi possível o cálculo da taxa do ano de 2017 por ausência de dados no
sistema. A coleta eletrônica foi realizada nos meses de abril a maio/2018 e os resultados serão apresentados com uso de tabelas,
sendo analisados com base no cálculo das taxas de e morbidade e mortalidade. No Estado do Ceará, entre 2013 e 2017 registraram-se
34.289 internamentos no CID 10 G65 AVCIT e 164 AVCNHI e 9.437 óbitos entre os anos de 2013 à 2016. Em relação a morbidade há
prevalência acima de 60 anos (25.426/74%) e a mortalidade a partir dos 69 anos (8.517/90%). Considerando a taxa de morbidade evidencia-
se um aumento, sendo 6,97 em 2013 para 7,33 em 2017, ou seja, 07 casos internados para cada 10.000 habitantes e a taxa de mortalidade
média de 26 óbitos para cada 100.000 habitantes, sendo em 2013 uma taxa de 26,92, chegando a 28,01 em 2015 e 25,91 em 2016,
oscilações importantes de resultados, porém com uma média de casos significativa. Os resultados apontam que a morbimortalidade por
AVCIT e AVCNHI são desafios permanentes para a saúde pública, com isso a Atenção Primária a Saúde torna-se um espaço de
prevenção desta complicação e necessita de ações mais efetivas que visem uma rede de cuidado, com intuito de reduzir os crescentes
números de AVC, bem como o cuidado no tratamento, prevenção e reabilitação.