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26 | Filosofia como Remédio para a Solidão

            é a possibilidade de gozarmos da nossa própria com-
            panhia e buscar na intimidade de nossas indecisões e
            perplexidades a oportunidade para treinar o autoconhe-
            cimento ou, melhor dizendo, realizar o auto reconheci-
            mento daquilo em que me tornei. Não importa se o re-
            colhimento é voluntário ou compulsório. O sentimento
            da solidão só será desastroso em nossas vidas se esti-
            vermos afastados de nós mesmos e vivermos de forma
            incoerente com a nossa essência, desrespeitando todos
            os limites.
                Conseguir oportunizar a experiência da alternân-
            cia entre solidão e convívio pessoal é a base saudável
            do amadurecimento afetivo e emocional. Procure en-
            tender o que o momento de sua solidão está tentando
            lhe dizer. Desfrute deste instante para fazer uma avali-
            ação crítica de sua existência e mudar tudo o que não
            lhe é mais desejável em sua vida, sem esquecer que
            você é o único responsável pelo seu próprio destino.

                É como bem dizem os budistas: “Só existem dois
            dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama on-
            tem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia
            certo para amar, acreditar, fazer e principalmente vi-
            ver”.

                É, neste sentido, que a filosofia pode se tornar um
            remédio para a solidão. Aqui está o que ofereço com
            profunda amizade a todos aqueles que nos limites de
            sua metamorfose foram capturados e destituídos de sua
            vigilância e de sua lucidez. Que possam encontrar atra-
            vés deste livro o reencantamento da vida e a ressurrei-
            ção de seus mais fragilizados desejos.
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