Page 29 - LIVRO - FILOSOFIA COMO REMÉDIO PARA A SOLIDÃO - PUBLICAR
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Djason B. Della Cunha | 29





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                       crescimento vertiginoso dos estados depri-
                       midos na sociedade contemporânea tem se
                       convertido em algo preocupante. Mas, an-
                       tes de explorar a relação entre solidão e es-
            tados  deprimidos,  faz-se  necessário  estabelecer  uma
            caracterização dos circuitos da solidão e seus tipos sin-
            gulares de manifestação.
                Com toda evidência, a solidão não é um fenômeno
            da contemporaneidade. Ela marca a história do gênero
            humano e sua presença é de tamanha importância na
            vida dos indivíduos que muitos a reconhecem como
            condição da própria existência.
                Neste  sentido,  assevera  Tanis:  “A  solidão  ex-
            prime-se em uma multiplicidade de estados. Do isola-
            mento voluntário à exclusão. Da solidão do exílio, do
            imigrante, do estrangeiro àquela de quem se sente re-
            jeitado e incompreendido na sua própria terra. Da soli-
            dão do gênio, da alienação. A solidão do corpo, do qual
            emana a singularidade. Do angustiante sentimento de
            solidão à solidão como reencontro com o Self, fonte de
            criatividade e liberdade. Múltiplas solidões solicitam
            abordagens investigativas diferentes. Tanto a Filosofia
            como a Sociologia e a Antropologia tematizaram a so-
            lidão. Também o fizeram a Literatura, o Cinema e ou-
            tras artes”1.


            1 . TANIS, Bernardo. Circuitos da solidão: entre a clínica e a cul-
            tura. São Paulo: Fapesp/Casa do Psicólogo, 2003, p. 14.
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