Page 28 - Nos_os_bichos
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-És mesmo tu, Baxter? Estava tão cego de ódio que nem te reconheci.
                         -É uma técnica para ele atacar, não o oiças.- disse Pulser.
                         -Benny, és tu?-perguntou Baxter.
                         -Sim.

                        Naquele momento, os dois abraçaram-se, como se ninguém existisse mais no mundo.
                                                  Depois, foram juntos procurar um antídoto, para regularizar tudo e
                                             todos e tirar todo o ódio que corria no sangue de cada um dos porcos.
                                                   Apesar de todo o sofrimento, os animais acabaram todos amigos e

                                             os humanos recuperaram todo o seu poder. No final, parecia que tudo não
                                             tinha passado de um pesadelo.
                                                  - Baxter, são horas de acordar!- ouviu-se, ao longe.
                                                                                           Leonardo Oliveira

                        O macaco Tó Zé



                        O Tó Zé era um macaco que vivia com a sua mãe e o seu pai num bairro muito pobre, onde poucos
                  tinham dinheiro para frequentar a escola! Tó Zé era bonito, muito educado, cavalheiro, amigo do seu amigo e
                  muito brincalhão!

                        Um dia, quando o Tó Zé jogava à bola na rua com os seus amigos, apareceu uma macaca, baixinha com
                  cabelos encaracolados e muito bonita que lhe chamou à atenção. Tó Zé ficou a admirar a menina.
                        Mais tarde, ele foi para casa e em tudo o que ele fazia tinha a macaca no seu pensamento.
                        No dia seguinte, Tó Zé acordou cedo para ir ver onde a menina morava e deu por si em frente de uma

                  casa muito grande, com piscina e dois andares. A menina tinha muitos recursos e podia frequentar a escola, ao
                  contrário de Tó Zé.
                        Todos os dias, o jovem macaco tentava vê-la, pois estava muito apaixonado por ela, embora soubesse
                  que, provavelmente, ela não iria querer namorar com ele, pois eles eram totalmente diferentes um do outro.

                        Um certo dia, Tó Zé contou aos seus amigos o que sentia por aquela menina. Quando eles souberam
                  que era Diana, a macaquinha mais rica das redondezas, riram-se, pois sabiam que o pai dela nunca iria permitir
                  que o nosso jovem se aproximasse da sua filha. Mas a verdade é que Tó Zé continuava muito apaixonado por
                  ela e, mesmo sabendo que não seria fácil, acreditava que o amor, quando é verdadeiro e recíproco, vence todos

                  os obstáculos. E ele tinha esperanças. O seu olhar já se cruzara com o de Diana e sentira que ela lhe sorrira
                  com os seus grandes olhos doces e castanhos.
                        Um dia, Tó Zé ganhou coragem e foi a casa da macaquinha Diana perguntar se ela queria ir passear
                  com ele. Ela disse logo que sim.

                        Foi nesse mesmo dia que, já ao anoitecer, Tó Zé perguntou o seguinte à menina:
                        -Queres namorar comigo?
                        A menina respondeu, triste:
                        -Eu gosto de ti, mas nós não podemos ter nada um com o outro devido às nossas diferenças sociais!



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