Page 27 - Nos_os_bichos
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O princípio do fim?
Como já devem saber, os animais não falam, não pensam, não usam armas e raramente se defendem,
mas, neste caso, era diferente.
Tudo se passou num tempo em que quase todos os animais eram do tamanho dos humanos e com eles
se confundiam…
Nesse tempo, havia um porco muito mau e maquiavélico, que tinha sido manipulado geneticamente por
um terrível cientista. Instruído pelo tal cientista, esse rato acabou a liderar uma revolução de animais, que teve
como objetivo aprisionar todos os humanos, pondo assim fim à humanidade tal como a conhecemos.
Mas as histórias têm sempre um herói e esse herói, neste caso, é um guaxinim que não tinha sido
contagiado com a maldade do tal cientista e do tal porco. O seu nome, “Pulser”, derivava das armas que usava,
que eram muito rápidas e eficazes, tendo a grande vantagem de estarem programadas para apenas dispararem
contra o mal. Era o caso da AK-47 que disparava milhares de bolinhas de borracha por segundo, neutralizando
todo e qualquer inimigo do bem.
Foi assim que o nosso guaxinim, que liderava um movimento de revolta contra o domínio dos porcos, foi
derrotando muitos dos porcos que lhe apareciam pela frente, até conseguir infiltrar-se numa das prisões onde
estavam os últimos sobreviventes humanos.
-Alguém está aqui?- perguntou Pulser, a medo.
-Sim, aqui ajuda-me por favor!- disse um humano com a voz rouca.
-Quem és tu?- perguntou Pulser, já movido pela esperança.
-Sou um dos últimos humanos na Terra.- respondeu a tal voz.
E, por entre as sombras das paredes negras, o nosso herói viu uns olhos
azuis e, depois, de forma mais nítida, um humano a levantar-se das erguer-se das
sobras e a apresentar-se:
-Olá! Eu sou Baxter e não me parece que tu sejas humano.
-Pois, eu sou um guaxinim, o meu nome é Pulser.
-Temos que sair daqui, rapidamente!- exclamou Pulser, preocupado.
Rapidamente, os dois saíram dali e juntaram-se à Revolução. Pulser
apresentou Baxter a todos os apoiantes dos humanos e, passada a desconfiança
inicial, começaram a arquitetar um plano para conseguir derrotar os inimigos porcos, em especial o seu líder
maquiavélico.
-Vamos lá salvar estes humanos e todos os animais aprisionados!- disse Pulser entusiasmado.
Foi assim que entraram na nave que servia de quartel-general dos inimigos.
- Pulser, ajudas os feridos dentro da nave, que eu vou procurar o porquinho?- sugeriu Baxter.
Foi nesse momento que Baxter identificou, ao longe, um rosto familiar: eram os mesmos olhos!
Impressionante! Baxter nem queria acreditar: o porco era afinal o seu antigo hamster, que o seu pai lhe oferecera
quando fizera 15 anos. O seu tamanho desmesurado assustava um pouco, mas os olhos eram os mesmos.
O hamster gigante também identificou o seu antigo dono:
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