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Alfredo, o gato



                        Era uma vez um gato chamado Alfredo, que vivia num apartamento na cidade com o dono. Era um gato
                  gordo com pelos pretos e olhos castanhos. O seu dono gostava muito dele, dava-lhe todos os dias comida e
                  muito carinho e até lhe fez uma caminha para ele dormir.

                        Um dia, o seu dono foi trabalhar para fora da cidade, deixando o gato sozinho no apartamento. Como ele
                  se sentia muito sozinho, decidiu chamar o seu velho amigo, o Óscar, um gato branco e magro que vivia numa
                  quinta no campo, para passar uns dias com ele.

                        Alfredo ligou-lhe:
                        - Olá, Óscar. Tudo bem contigo?
                        - Olá, sim, está tudo bem.
                        - Ainda bem! Olha, eu queria perguntar-te se querias vir passar uns dias aqui a minha casa.
                        - Claro que quero! Já há algum tempo que não estamos juntos. Vai ser bom para metermos a conversa

                  em dia.
                        - Ainda bem! Então vou preparar aqui as coisas para, quando chegares, estares confortável. Até depois!
                        - Adeus. - despediu-se.

                        Alfredo desligou a chamada e foi preparar umas almofadas e um pequeno lanche. Passado algum tempo,
                  chegou o seu velho amigo Óscar. Cumprimentaram-se, foram sentar-se nas almofadas preparadas pelo Alfredo
                  e começaram uma longa conversa...
                        - Então, Óscar, foi boa a viagem?
                        - Foi, por acaso foi! Consegui apanhar o comboio a tempo e depois subi para a parte de trás de uma

                  carrinha que, por acaso, passou por aqui. Depois, saltei.
                        - Que sorte! Bom, vou buscar qualquer coisa para comermos. Já volto! Usa a casa como se fosse tua,
                  mas não vás para o quarto do meu dono.

                        Enquanto  Alfredo  foi  buscar  comida,  Óscar  não  resistiu  e  começou  a  andar  pelo  apartamento.
                  Rapidamente, encontrou o quarto do dono do Alfredo e, como era muito curioso, entrou. Óscar viu os cortinados
                  e decidiu ir brincar, acabando por sujá-los todos com as suas patas. De seguida, subiu para cima da cama,
                  enchendo-a de pelos e desarranjando-a toda. Alfredo voltou com a comida, apercebeu-se que Óscar já não
                  estava lá e, preocupado, chamou-o:

                        - Óscar, onde estás?
                        Ele respondeu e logo Alfredo percebeu que a voz vinha do quarto do seu dono.
                        Alfredo perguntou-lhe:

                        - O que é que estás aí a fazer? Eu não te disse que não podias ir para aí? Olha só a confusão que fizeste.
                  Agora quero ver como é que vamos fazer para consertar isto.
                        - Desculpa, eu não resisti  a entrar. Sabes que, na quinta, não há quartos assim e eu nunca tinha
                  percebido para que é que serviam os cortinados. Mas agora já sei que não são para brincar.
                        - Está bem! Mas agora vamos ter de arrumar a cama, aspirar os pelos que deixaste por aí e arranjar o

                  cortinado.


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