Page 79 - Nos_os_bichos
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Alfredo, o gato
Era uma vez um gato chamado Alfredo, que vivia num apartamento na cidade com o dono. Era um gato
gordo com pelos pretos e olhos castanhos. O seu dono gostava muito dele, dava-lhe todos os dias comida e
muito carinho e até lhe fez uma caminha para ele dormir.
Um dia, o seu dono foi trabalhar para fora da cidade, deixando o gato sozinho no apartamento. Como ele
se sentia muito sozinho, decidiu chamar o seu velho amigo, o Óscar, um gato branco e magro que vivia numa
quinta no campo, para passar uns dias com ele.
Alfredo ligou-lhe:
- Olá, Óscar. Tudo bem contigo?
- Olá, sim, está tudo bem.
- Ainda bem! Olha, eu queria perguntar-te se querias vir passar uns dias aqui a minha casa.
- Claro que quero! Já há algum tempo que não estamos juntos. Vai ser bom para metermos a conversa
em dia.
- Ainda bem! Então vou preparar aqui as coisas para, quando chegares, estares confortável. Até depois!
- Adeus. - despediu-se.
Alfredo desligou a chamada e foi preparar umas almofadas e um pequeno lanche. Passado algum tempo,
chegou o seu velho amigo Óscar. Cumprimentaram-se, foram sentar-se nas almofadas preparadas pelo Alfredo
e começaram uma longa conversa...
- Então, Óscar, foi boa a viagem?
- Foi, por acaso foi! Consegui apanhar o comboio a tempo e depois subi para a parte de trás de uma
carrinha que, por acaso, passou por aqui. Depois, saltei.
- Que sorte! Bom, vou buscar qualquer coisa para comermos. Já volto! Usa a casa como se fosse tua,
mas não vás para o quarto do meu dono.
Enquanto Alfredo foi buscar comida, Óscar não resistiu e começou a andar pelo apartamento.
Rapidamente, encontrou o quarto do dono do Alfredo e, como era muito curioso, entrou. Óscar viu os cortinados
e decidiu ir brincar, acabando por sujá-los todos com as suas patas. De seguida, subiu para cima da cama,
enchendo-a de pelos e desarranjando-a toda. Alfredo voltou com a comida, apercebeu-se que Óscar já não
estava lá e, preocupado, chamou-o:
- Óscar, onde estás?
Ele respondeu e logo Alfredo percebeu que a voz vinha do quarto do seu dono.
Alfredo perguntou-lhe:
- O que é que estás aí a fazer? Eu não te disse que não podias ir para aí? Olha só a confusão que fizeste.
Agora quero ver como é que vamos fazer para consertar isto.
- Desculpa, eu não resisti a entrar. Sabes que, na quinta, não há quartos assim e eu nunca tinha
percebido para que é que serviam os cortinados. Mas agora já sei que não são para brincar.
- Está bem! Mas agora vamos ter de arrumar a cama, aspirar os pelos que deixaste por aí e arranjar o
cortinado.
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