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aproximadamente 6,5 anos. Este aumento implica também um aumento na
anuidade vitalícia, ou seja, um aumento significativo no custo por parte da
empresa.
O subfinanciamento das pensões que apenas acontece com o PBD. No PBD,
a companhia tem o compromisso de pagar um benefício definido aos
trabalhadores aposentados. Para cumprir o compromisso, a companhia tem
que investir o valor das contribuições para que o fundo pague o benefício
definido prometido. Neste plano de pensão, a companhia acarreta o risco de
investimento e é obrigada a pagar o benefício prometido mesmo em caso de
eventuais perdas de investimento. O subfinanciamento das pensões
acontece quando o valor real a pagar na pensão (pertencente ao passivo da
companhia), é superior ao valor acumulado para financiar as pensões
(pertencente ao ativo da companhia), ou seja, haveria necessidade de
contribuições adicionais por parte da empresa.
Ao invés do PBD, no PCD o trabalhador suporta o risco de investimento, em
que a companhia contribui com um valor específico para a conta de
reforma. Portanto, qualquer lucro ou perda no investimento das
contribuições para a reforma, pertence ao trabalhador.
Outra causa do subfinanciamento das pensões e consequente mudança do
PBD para o PCD é a descida das taxas de juro a longo prazo. Com a descida
das taxas de juro a longo prazo os fundos de investimento têm um retorno
menor do que esperado, sendo mais complicado para a companhia cumprir
com o benefício definido. Neste caso, com o intuito de projetar de forma
ajustada o retorno dos fundos de investimento, deve-se baixar a taxa de juro
da avaliação atuarial de forma que o passivo reflita mais apuradamente a
situação financeira e os objetivos fiquem com maior sustentabilidade.
Por último, o aumento da complexidade da regulamentação, os relatórios
requeridos (ex: avaliação atuarial) e os encargos administrativos (ex: gestão
dos benefícios) aumentam os custos de gestão dos planos BD. Por norma,
estes custos de gestão são fixos para os PBD, não variando
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