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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO




                Você identifica o exemplo acima como parte da nossa língua? As palavras, individualmente, são da
            língua portuguesa, mas da forma como estão dispostas não formam uma frase aceita por nós.


                Outra situação: visualize a palavra cheiro com o sufixo –oso; conseguiu? O resultado é: cheiroso.
            O sufixo -oso forma adjetivos (cheiroso, gostoso, bondoso etc.) e tem o sentido de “provido ou cheio
            de...”. Um bebê depois do banho fica cheiroso, ou seja, cheio de cheiro bom. Visualize agora a palavra
            lua com o sufixo –oso. Deu certo? O conhecimento que nós temos da língua não permite fazer tal
            junção.


                Existem outras ocorrências, entre elas a frase:


                •  Tenho um fundo de reserva de comprar um carro.

                O usuário da língua portuguesa estranhará o uso da preposição “de” colocada antes do verbo
            comprar, porque ele sabe que a preposição adequada para o sentido da frase é “para”. A pessoa pode
            não ter o conhecimento formal sobre os tipos de relação da preposição, que no caso de “de” estabelece
            relação de posse, de causa, e a preposição “para”, fim ou finalidade, mas identifica de forma intuitiva
            qual a preposição certa.


                Apesar de a nossa disciplina não ser de gramática, é importante ressaltar alguns conhecimentos
            escolares que possuímos sobre esta. Nos estudos gramaticais do ensino básico, aprendemos, por exemplo,
            que verbos com sujeito e objeto direto podem aparecer na voz passiva. Está lembrado disso, caro aluno?
            Vejamos:


                •  Eu li o livro Quem comeu meu queijo.


                •  O livro Quem comeu meu queijo foi lido por mim.


                A  primeira  frase está  na  voz  ativa:  sujeito (eu) pratica  uma  ação  (ler),  constando  que  o
            praticante do verbo ler é o sujeito. Nesse tipo de verbo, podemos transformar em voz passiva,
            como na segunda frase: o sujeito da oração agora é “o livro Quem comeu meu queijo”, porém
            não pratica a ação (ler); o praticante, na verdade, é o termo “por mim”, classificado como agente
            da passiva.

                Seguindo esse raciocínio da gramática tradicional, aprendido na escola e encontrado em livros,
            podemos então criar frases passivas como:


                a) O vaso de cristal foi quebrado pelas crianças.

                b) As lâmpadas dos postes foram quebradas pela multidão.                                                Revisão: Leandro - Diagramação: Léo  - 14/07/2011
                c) O pãozinho foi comprado por mim.

                d) O cabelo foi penteado pela Maria.

                e) A perna foi quebrada pelo Pedro.

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