Page 235 - LIVRO - ENCONTRO DE RIO E MAR_160x230mm
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Capítulo 9

                    da presidenta Dilma Rousseff e o rompimento de uma das barragens da
                    mineradora Samarco, em Mariana (MG), que poluiu o Rio Doce e suas
                    margens, afetando diversas cidades e comprometendo o cotidiano de pe-
                    quenas comunidades em Minas Gerais e no Espírito Santo. Numa eta-
                    pa posterior, os vídeos foram analisados a partir de suas características
                    formais e narrativas, na tentativa de identificar as “vozes” dos documen-
                    tários a partir do modo como distintos atores sociais se apropriaram da
                    problemática em questão e elaboram um discurso sobre isso. A proposta
                    foi identificar como diferentes dispositivos narrativos possibilitaram dar
                    visibilidade às pessoas e comunidades atingidas e evidenciar dinâmicas
                    sociais, políticas e econômicas que afetam esses territórios.Os documen-
                    tários destacados neste artigo são: Regência, as últimas horas antes da “lama”
                    (2015) ; Rio Doce, Rio Morto (2015) ; A Luta Vencerá a Lama: uma marcha por
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                    justiça no Rio Doce  e Rio de Lama (2016) .
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                    AUDIOVISUAL NAS REDES DIGITAIS: TERRITORIALIDADES,
                    COMUNICAçãO E VISIBILIDADE
                       As atuais plataformas de disponibilização de vídeos se tornaram am-
                    bientes propícios para o surgimento de discursos diversos, sobretudo a
                    partir da circulação de produtos audiovisuais que trazem para o centro
                    da narrativa as chamadas minorias sociais ou excluídas e suas deman-
                    das por reconhecimento e visibilidade na esfera pública. É no contexto
                    do ciberespaço – um ambiente marcado pela mediação em rede – que
                    muitos materiais audiovisuais ganham repercussão junto a públicos dis-
                    tintos, possibilitando ainda a formação de comunidades – de afetos, de
                    conhecimento etc. – em torno e/ou a partir desses conteúdos. Essa visi-
                    bilidade passa também pelos modos de agenciamento do audiovisual na
                    internet, ou seja, sua articulação com a cibercultura, com a cultura das
                    redes, ampliada pela lógica de compartilhamento cultural e de sociabili-
                    dades propiciada pelas mídias sociais e pelas comunidades virtuais que
                    se constituem nesse contexto.


                    2   Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3LLBLyfarew
                    3   Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=92kDMcz9ISE&t=872s
                    4   Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sV-cSHwTJzs
                    5   Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7zQZqqSkJq0&t=151s




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