Page 100 - Trabalho do Ir.`. Ap.´. Prof. VALDINEI GARCIA
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se encaixassem em um todo, com o uso de ferramentas fundamentais para dar a forma desejada
            pelo pedreiro, onde, o malho e o cinzel, compuseram alguns dos símbolos que mais evoluíram
            no  âmbito  da  Maçonaria,  tanto que,  mesmo  após  a  mesma  ganhar  a  condição  de  Maçonaria
            Especulativa, esse mesmos componentes materiais utilizados nas construções passaram a ser
            associados  com  a  construção  do  templo  interno  do  ser  humano,  e  envolvendo  aspectos  de
            ordem moral e espiritual.





















            OUTRAS ANALOGIAS

            Rizzardo Da Camino fez um comentário num  trabalho de  sua autoria  que remete  também à
            Arte: “A Pedra, tão “dura” e resistente, seja granito, mármore ou diamante, pode ser burilada
            transformando-se em obra de arte, tosca ou refinada como o bruto diamante e, esplendoroso
            brilhante! O Maçom, como Pedra, por sua vez pode  transformar-se  em “obra  de  arte” ou de
            brilho intenso! Não permanecerá Pedra Bruta!”

            Fernando César Gregório escreveu assim: “Imaginemos um artista diante de uma pedra bruta a
            qual  será  objeto  de  seu  trabalho  para  produzir  uma  obra  de  escultura.  Assim  o  homem  é
            lembrado pela pedra bruta, suas arestas são as paixões que devem ser extirpadas pelo corte do
            cinzel, cuja força vem do bater do malho, símbolo da virtude, neste simbolismo, o homem é o
            escultor de si mesmo e seu trabalho terá sucesso na razão direta de suas virtudes, representada
            pelo martelo, e da capacidade de penetração de sua intelectualidade, representada pelo cinzel.“

            Ainda, para completar este elenco, cito um excerto recolhido da obra do Irmão Antonio Augusto
            Queiróz  Baptista:  “Exotericamente,  “Pedra  Bruta”  representa  o  desenvolvimento  moral  e
            intelectual  do recém-sagrado, matéria-prima  de  ofício dos pedreiros da  Arte Real e  tem por
            finalidade chamar ao desafio o Aprendiz, a fim de que um bloco rústico, disforme, se transforme
            em uma obra de arte, a mesma forma que o Neófito, embora “livre e de bons costumes” ingresse
            na  Maçonaria  cheio  de  imperfeições,  ranhuras,  traços  de  temperamento  que  devem  ser
            transformados em conduta proveitosa para Ordem e para a sociedade. (...) Dentro de nós existe
            uma linda obra de arte, a mais bela do universo, o grande mistério é retirar os excesso da pedra
            informe. Somos os pedreiros da nossa criação.”

            O TRABALHO NA PEDRA BRUTA

            No livro “Maçonaria – 100 Lições de Aprendiz” do Irmão Raymundo D‟Elia Junior, autor citado
            anteriormente, é possível ler o seguinte: “Uma „Pedra‟ sem forma que deve ser „trabalhada‟, a
            partir das  „Luzes  recebidas  no Templo‟, „trabalho‟  esse que, sobretudo, se  transformará em




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